Três hospitais de Montes Claros são habilitados para cirurgias eletivas - Rede Gazeta de Comunicação

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Três hospitais de Montes Claros são habilitados para cirurgias eletivas

GIRLENO ALENCAR

Os hospitais Santa Casa, Aroldo Tourinho e das Clínicas Mario Ribeiro foram habilitados na licitação aberta pela prefeitura de Montes Claros para atender a demanda reprimida de determinadas cirurgias e procedimentos clínicos de média e alta complexidade, conforme publicação no diário oficial. Eles encaminharam as propostas na Comissão de Avaliação Técnica, que emitiu parecer e foi verificada a regularidade jurídica, fiscal, e econômico-financeira de quase todas as instituições que requereram o credenciamento, sendo exceção apenas a documentação do Prontosocor de Montes Claros, que não apresentou quaisquer dos itens que comprovasse sua habilitação e do Complexo Médico e Imagem Pró-Vida que não juntou a documentação da qualificação exigido no edital. 

A surpresa foi a ausência do hospital Dilson Godinho, que não apresentou proposta. Montes Claros tem 10 mil pacientes na fila de espera de uma cirurgia eletiva. Os baixos valores pagos pelo SUS desestimularam os hospitais e médicos a fazerem o tratamento, isto levou a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) a investir, neste ano, aproximadamente R$ 188 milhões para fortalecer o Programa Opera Mais, Minas Gerais. A política foi implementada em dezembro de 2021 com o objetivo de agilizar a realização de cirurgias eletivas.

Ao todo, 264 instituições beneficiárias recebem recursos do Opera Mais em todas as regiões do Estado. No ano de 2021, foram realizadas 66.602 cirurgias e, em 2022, a produção total foi de 175 mil procedimentos, um aumento de 18% em relação ao ano de 2019, quando aconteceram 148.403 cirurgias. A execução do Opera Mais, Minas Gerais consiste em apoiar os municípios e prestadores SUS sob gestão estadual na execução dos procedimentos cirúrgicos eletivos hospitalares de média e alta complexidade. Desde o início, a SES-MG já destinou mais de R$ 247 milhões ao programa. Desse montante, cerca de R$ 68 milhões foram empenhados, a título de antecipação, para o primeiro quadrimestre de 2023.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, o Programa Opera Mais, Minas Gerais é único e tem critérios bem claros, pactuados com o prestador e o gestor municipal.

Para Baccheretti, o Estado está entregando políticas robustas que vão deixar legados importantes e mudar a saúde pública nos próximos anos. “Completamos, a pouco, um ano da nossa política Opera Mais. Em 2022, nós batemos um recorde de cirurgias realizadas. Essa fila veio aumentando, especialmente com a pandemia de Covid, e agora, com essa política, estamos conseguindo aumentar a produção dos hospitais do estado inteiro. E a gente vai continuar com essa política nos próximos anos, para que as pessoas esperem cada vez menos para fazerem a cirurgia do estado”, disse o secretário.

Durante o ano de 2022, as cirurgias eletivas mais realizadas no estado pelo Opera Mais, Minas Gerais foram as hernioplastias (retirada de hérnias), somando 26.566 procedimentos, e as colecistectomias (retirada da vesícula, com e sem videolaparoscopia), que totalizaram 20.410.

Ao todo, são 880 tipos de procedimentos cirúrgicos contemplados na política. São realizadas cirurgias ortopédicas, ginecológicas, cardiovasculares, de pele, tecido subcutâneo e mucosa, do aparelho da visão, circulatório, osteomuscular, mama, glândulas endócrinas, das vias aéreas superiores, da face, da cabeça e do pescoço, entre outras.