Três casos de violência sexual contra mulheres são registrados em Moc em apenas 48h - Rede Gazeta de Comunicação

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Três casos de violência sexual contra mulheres são registrados em Moc em apenas 48h

Uma das vítimas é uma bebê, de apenas um ano de idade; dois dos criminosos já cometeram os mesmos crimes anteriormente e não ficaram presos

VINÍCIOS SANTOS

Repercutiram e causaram grande revolta, em Montes Claros, três casos de violência contra mulheres – registrados dois no último sábado (6) e outro no domingo (7). Chamou atenção que uma das vítimas é uma bebê, de apenas um ano de idade e, também, que dois dos criminosos já cometeram os mesmos crimes anteriormente, porém estavam em liberdade. Um deles, preso esse final de semana, já está solto novamente.

No caso registrado nesse domingo, um homem, de 29 anos, foi preso pelo crime de importunação sexual – no bairro Dona Gregória. Quando policiais chegaram ao local, o suspeito estava sentado no chão com algumas pessoas ao seu redor. As vítimas relataram que homem teria chegado a casa delas dizendo ser religioso e se oferecendo para fazer uma oração para a família. A dona da casa estava com as filhas, de 13 e 19 anos. O homem iniciou, na sala, a suposta oração.

Uma das vítimas, de 19 anos, contou que ele colocou as mãos na cabeça dela para orar e que passou a mão em seus seios, assim como em outras partes do corpo. Ela então se retirou da sala. Em outro momento, ele ficou sozinho na sala com a adolescente, de 13 anos, e tentou apalpar os seios e o órgão genital da menina. A vítima se desvencilhou.

Ainda conforme as testemunhas, o homem colocou um vídeo pornográfico no celular e mostrou para a menor, enquanto tocava o órgão genital dele. Ele foi interrompido por terceiros, tentou fugir, mas foi alcançado por moradores. O suspeito apresentava algumas escoriações no corpo, relatou que foi agredido, porém não quis apontar quem seriam os agressores.

O indivíduo tem registro em 2021 pelo crime de importunação sexual, com a mesma forma de agir. Ele foi levado para a delegacia, foi instaurado um procedimento investigatório, porém o homem não permaneceu preso.

No sábado (6) foram dois casos. Pela manhã, um indivíduo de 28 anos foi preso suspeito de estuprar uma criança, de um ano, na casa da vítima – no bairro Raul José Pereira.

A mãe da criança relatou que flagrou o homem dentro do quarto, cometendo o crime. Com a ajuda de um amigo, ela tentou conter o suspeito, mas ele conseguiu fugir do local por um matagal. A polícia fez rastreamento e descobriu que o homem havia se escondido em um prédio em construção. O local foi cercado e o suspeito capturado. Ele foi levado para a delegacia de plantão e o caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

Já à noite, outro homem – de 33 anos – foi preso suspeito de estuprar uma jovem, de 19, no bairro Bela Vista. A vítima voltava da igreja, com a irmã de 21 anos, e estava entrando em casa quando foi atacada. Ela foi surpreendida por um vizinho, que a agarrou por trás, tampou a boca dela e ordenou que ela não gritasse. Enquanto a ameaçava, ele apalpava as partes íntimas da jovem por cima da roupa.

A irmã mais velha retornou até a porta, flagrou o homem cometendo o crime e ajudou a vítima. Durante a luta corporal, a mais velha também foi agredida, por um chute, porém conseguiu que o autor soltasse a irmã dela.

A PM foi acionada e prendeu o suspeito nas redondezas. Ele foi acusado de estupro, injúria e ameaça. Conforme a PM, o homem já tem extensa ficha criminal, com passagens pela polícia por crimes como estupro, homicídio e outros.

A nossa reportagem conversou com três mulheres, que preferiram não serem identificadas. Em comum, todas disseram “se sentirem extremamente inseguras, sobretudo à noite, e se apavoram quando um homem desconhecido caminha em suas direções na rua”. Elas afirmaram “não saírem sozinhas, principalmente dependendo das localidades, e que isto gera muita revolta e indignação, por não poderem se sentir tranquilas e livres, para se deslocarem pelo próprio bairro, muitas vezes”. Outro fato sobre o qual reclamaram, é que “os suspeitos já cometeram crimes similares outras vezes, mas seguem em liberdade, inclusive agora”, pontuaram.

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