Pesquisa do Sebrae Minas faz raio-X sobre o perfil do MEI em Minas Gerais. Boa parte deles alegou ter pouca informação sobre suas atividades antes de começar o negócio
Realizar um atendimento satisfatório ao cliente, controlar as finanças, desenvolver estratégias de marketing e lidar com questões burocráticas, tributárias e fiscais são algumas das tarefas dos microempreendedores individuais (MEI) no dia a dia na gestão de seus negócios. Investir em conhecimento para aumentar as vendas de produtos ou serviços já é um comportamento entre os empreendedores que faturam até R$ 81 mil anuais. É o que mostra uma pesquisa realizada pelo Sebrae Minas, com a participação de 1.028 entrevistados, no qual 75% deles afirmaram que buscam cursos, oficinas e capacitações voltadas à gestão dos empreendimentos.
De acordo com o estudo, 65% dos microempreendedores individuais tinham pouco ou médio conhecimento sobre a gestão da empresa antes de começar a atividade. Apenas 11% tinham ciência sobre o desafio de ser MEI, enquanto 24% não tinham nenhum conhecimento. Sobre o mercado de atuação, 67% alegaram ter pouca ou média informação em suas atividades antes de começar a atuar, enquanto apenas 11% conheciam totalmente o mercado.
“Os microempreendedores individuais atualmente se deparam com inúmeros desafios na gestão de seus negócios e a necessidade de aumentar suas vendas. São tarefas que não exigem somente esforço, mas também requer que todos busquem capacitações para traçar as estratégias mais eficazes e proporcionar a melhor experiência para o consumidor. Os negócios estão em constante transformação, principalmente diante da mudança do comportamento do consumidor. Investir em cursos e oficinas e buscar inspiração em cases de sucesso pode ser uma excelente forma de se manter à frente no mercado e conquistar uma base sólida de clientes”, ressalta o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
A gestão financeira eficiente é outro aspecto importante no cotidiano de quem é microempreendedor individual. Quase seis em cada 10 entrevistados na pesquisa disseram que mantém clara a separação dos recursos da família e da empresa, seja por meio de contas bancárias diferentes ou outros métodos. Para 63% dos respondentes, o negócio é financeiramente sustentável, sendo que 54% faturam até R$ 3 mil mensais.
A pesquisa feita pelo Sebrae Minas também questionou dos microempreendedores individuais quais as maiores vantagens da formalização. Segundo 41% dos entrevistados, o maior benefício é o aumento nas vendas devido à possibilidade de emitir nota fiscal. Por outro lado, 36% disseram o acesso ao crédito como vantagem principal, enquanto 35% apontaram melhores condições de compra fornecedores. Por fim, 24% apontaram a possibilidade mais real de vender para o setor público.
Dedicação ao negócio
Seis em cada 10 entrevistados no levantamento se dedicam entre seis e 12 horas diárias na atividade como MEI. Somente 12% trabalham mais de 12 horas por dia, enquanto 26% ficam até seis horas diariamente por conta da função. Segundo a pesquisa, 75% dos respondentes não tiram férias durante o ano. No que se refere ao futuro, 73% afirmaram que pretendem continuar com o negócio nos próximos dois anos. Por outro lado, 10% querem continuar empreendendo, mas em outra atividade, e 14% estão incertos se permanecerão trabalhando desta maneira. Apenas 4% garantiram que não seguirão atuando como MEI.
“O MEI necessita ter habilidades multifuncionais e uma gestão do tempo eficiente, pois ele é responsável por todas as áreas de sua empresa, incluindo marketing, finanças, recursos humanos, vendas e gestão. É essencial encontrar maneiras de organizar e otimizar o tempo para aumentar a produtividade e ainda ter uma vida pessoal satisfatória. Encontrar esse equilíbrio requer prática e ajustes constantes, por isso é preciso que o microempreendedor individual experimente diferentes abordagens a fim de descobrir o que funciona melhor no negócio”, afirma Marcelo de Souza e Silva.
Perfil do MEI
A maior parcela dos entrevistados está na faixa etária de 30 a 39 anos, representando 33% do total geral, com uma presença significativa nos setores de Comércio (38%) e Serviços (34%). As faixas etárias de 40 a 44 anos e 45 a 49 anos também têm uma representação considerável em todos os setores, com 18% e 12%, respectivamente. Jovens de até 24 anos possuem a menor participação, com apenas 4%.
Com relação à escolaridade, a pesquisa do Sebrae Minas mostrou que a dispersão é relativamente alta no que diz respeito a níveis educacionais dos MEI: 23% possuem Ensino Superior completo e 22% possuem Ensino Médio completo. Somente 16% possuem até o Ensino Fundamental completo, 12% possuem médio incompleto e 13% superior incompleto. Mestrado, Pós-graduação e Doutorado somam 14% do total.
Semana do MEI
Para orientar e capacitar quem deseja se tornar microempreendedores ou microempreendedoras individuais, o Sebrae Minas promove a Semana do MEI de 20 a 24 de maio, com centenas de atividades online e presenciais gratuitas em todo o território mineiro.
Durante os dias de programação, quem participar da ação terá acesso a oficinas e conteúdos simultâneos e úteis no dia a dia da empresa, como vantagens da formalização, marketing, gestão, finanças, obrigações junto à Receita Federal, emissão de notas fiscais, crédito e inovação, entre outros.
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