Tragédia de Capitólio gera fake news sobre possíveis vítimas de Montes Claros - Rede Gazeta de Comunicação

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Tragédia de Capitólio gera fake news sobre possíveis vítimas de Montes Claros

GIRLENO ALENCAR

A tragédia de Capitólio, no Centro Oeste mineiro, quando um paredão desmoronou e caiu sobre quatro embarcações que estavam nas águas de Furnas, acabou refletindo em Montes Claros, distante a mais de 600 quilometros, pois as informações eram de que 12 vítimas seriam montes-clarenses. Isso levou até mesmo o prefeito Humberto Souto e o deputado Marcelo Freitas a soltarem nas redes sociais uma Nota de Pesar. A origem de toda situação foi provocada por uma postagem feita por uma mulher, de que membros da família ‘Fonseca Lima’ estavam entre as vitimas. A empresa de eventos Thulum soltou nota lamentando a morte de sua funcionária. Depois a família citada desmentiu qualquer morte, gerando muita polêmica.

A situação ficou mais complicada depois que uma postagem citou que dois rapazes de Montes Claros, identificados como Mateus e Lucas, residentes nos bairros Delfino Magalhães e Vila Anália tinham sido vítimas do acidente. Porém, até o final da manhã de ontem, nenhuma dessas informações tinha sido confirmada oficialmente.

Alívio de verdade foi para o morador Carlos, do bairro Morrinhos, que tinha comprado o pacote de viagem para Capitólio com sua esposa e filhos, mas desistiu da viagem, preocupado com os danos causados pelas chuvas. Recebeu o reembolso de 40% do pacote de R$ 6 mil.

O desabamento do paredão no lago de Furnas, em Capitólio (MG), pode ter sido causado por erosão do solo e infiltrações de água das fortes chuvas que atingem todo o estado há dias, segundo especialistas. Há, também, outras hipóteses para a tragédia, como a falta de um mapeamento de riscos da região e o fato de que paredões e falésias costumam ceder naturalmente. O desabamento no começo da tarde de sábado deixou 10 mortos e dezenas de feridos. A Marinha do Brasil informou que um inquérito será instaurado para apurar as causas e a Polícia Civil também já investiga o caso. Além disso, a Marinha deve investigar se os barcos de passeio poderiam estar no local, dadas as condições climáticas e os alertas meteorológicos.

Somado às chuvas intensas dos últimos dias, pesa o fato de a região ser basicamente formada por rochas que possuem uma resistência menor. “A entrada de água nessas áreas pode fazer a rocha perder a coesão, que é a resistência interna. E pode haver uma ruptura como essa”, explicou tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.