A 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG) adiou, na noite desta terça-feira (27/2), o julgamento do Atlético pelos incidentes no clássico de 3 de fevereiro, contra o Cruzeiro, na Arena MRV. A Procuradoria do órgão pede que o clube seja excluído do Campeonato Mineiro.

O relator do processo, Eric Flávio Brandão de Freitas, pediu vistas, ou seja, mais tempo para analisar caso. Ele foi atendido pela presidente da Comissão, Helen de Fátima Boccalini, que destacou que provas foram acrescidas já perto do julgamento.

O caso voltará a ser analisado na próxima sessão da Comissão Disciplinar, em data a ser definida.

Na denúncia, o procurador do TJD-MG, Felipe Bartolomeo Moreira, cita a súmula do clássico, vencido pelo Cruzeiro por 2 a 0, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro. Nela, o árbitro Paulo César Zanovelli relata um comportamento homofóbico de parte da torcida do Atlético.

“Informo que, aos 26 minutos do primeiro tempo, quando o goleiro da equipe do Cruzeiro Esporte Clube, Sr. Rafael Cabral Barbosa, foi executar a cobrança de um tiro de meta, a torcida do Clube Atlético Mineiro entoou gritos homofóbicos proferindo os seguintes dizeres: ‘bicha'”, escreveu o árbitro.

Risco de exclusão

O procurador denunciou o Galo no artigo 243-G, parágrafo 2º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil.

Além disso, Moreira considera que os atos devem ser qualificados como de “extrema gravidade” e pede, então, que o clube seja enquadrado nos itens cinco, sete e onze do artigo 170, que preveem, respectivamente, a perda de pontos, perda de mando de campo e exclusão do campeonato. (OTempo)