O homem acusado de matar a ex-cunhada com golpes de faca em Montes Claros está sendo julgado. O crime ocorreu em março de 2022, quando a cabelereira Claudiélia Miranda de Aguiar saía do salão de beleza no qual era proprietária, no bairro Jardim São Geraldo.

A sessão de júri popular acontece no Fórum Gonçalves Chaves e o conselho de sentença é formado por sete jurados, cinco mulheres e dois homens. Antes no início do julgamento, familiares e amigos se reuniram na porta do fórum e gritaram por justiça.

Entenda o crime

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o acusado Leíson Henrique Medeiros Fonseca cometeu o crime por motivo torpe, consistente em vingança porque não aceitava o término do casamento de 24 anos com a irmã da vítima. Após o fim do relacionamento, ele passou a perseguir e ameaçar a ex e os familiares.

Por conta das ameaças, a justiça havia expedido uma medida protetiva que o impedia de se aproximar da ex e dos familiares dela, a menos de 100 metros.

No dia do crime, testemunhas ouviram os gritos de socorro e um homem tentou ajudar, mas também foi atingido com uma facada no quadril. Mesmo ferida, Claudiélia correu para se esconder dentro de um condomínio e caiu na entrada do portão de pedestre. Ela foi atingida na região torácica, cervical e no braço.

O Ministério Público também pede a condenação do acusado por crime de tentativa de homicídio contra a testemunha que tentou ajudar a vítima.

Prisão e ameaças

O suspeito foi preso horas após o crime e está recolhido no presídio Regional de Montes Claros. Na época, ele fugiu de bicicleta e foi localizado em um bar no bairro Maracanã.

De acordo com a promotora, mesmo preso, o homem continuou fazendo ameaças contra a família.

“Já recolhido no presídio ele fez ameaças gravíssimas, inclusive de que só vai parar se alguém matá-lo”.