A Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste celebrou convênios com duas empresas de pesquisa agropecuária para a instalação de viveiros de mudas de palma forrageira e, consequente, distribuição de material vegetativo para agricultores e pecuaristas. Os acordos foram selecionados a partir do programa “Tecnologia e Inovação para Convivência com o Semiárido – Rede Palma”, lançado pela Sudene no ano passado. No total, serão investidos quase R$ 400 mil em recursos do Governo Federal.
Um dos convênios trata da parceira da superintendência com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Emapig). A iniciativa prevê a implantação de um campo de mudas de três genótipos de palma forrageira, a Orelha de Elefante Mexicana, Sertânia e Muída, resistentes à cochonilha do carmim, praga comum neste tipo de cultura. O projeto vai potencializar a distribuição do insumo para 160 famílias na região da Serra Geral, no semiárido mineiro. O território é marcado por baixes índices pluviométricos, sobretudo entre abril e novembro, dificultando o fortalecimento das cadeias produtivas da pecuária local.
Por isso, a ideia é oferecer um item de alto valor nutritivo para a manutenção dos rebanhos. De acordo com estimativas da empresa mineira, o projeto tem potencial para beneficiar até 320 famílias em até 3 anos, englobando a distribuição de 1,34 milhão de mudas de palma. “Com projetos de palma forrageira, a Sudene promove melhorias nas condições da ovinocultura e da agricultura, fomentando o desenvolvimento da produção e aumento da renda e produtividade. Os convênios também possuem foco na tecnologia e na inovação, capacitando pessoas, empresas e trazendo novas ideias que facilitem a produção, agregando valor aos produtos e gerando emprego”, explica a coordenadora-geral de Promoção do Desenvolvimento Sustentável e de Meio Ambiente, Beatriz Lyra.
O Rio Grande do Norte será o outro estado que receberá projeto semelhante. Com investimentos na ordem de R$ 200 mil, o convênio firmado com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) vai modernizar, manter, ampliar e garantir a estruturação de 18 hectares de unidades multiplicadoras de raquetes-semente de variedades de palma forrageira tolerantes à cochonilha-do-carmim no estado. A proposta visa a distribuição de 500 mil unidades do vegetal, beneficiando 555 agricultores familiares, além de pequenos médios pecuaristas. Também estão previstas ações de assistência técnica aos produtores, incluindo capacitação e distribuição de cartilhas informativas.
De acordo com o Censo Agropecuário do IBGE, foram produzidas quase 3,6 milhões de toneladas de palma forrageira no Brasil em 2017. A área de atuação da Sudene, compreendendo o Nordeste e porções nortes dos territórios de MG e ES, responde por 99,8% (3.573.401 toneladas) da produção nacional. Bahia (1,5 milhão de toneladas), Paraíba (742 mil toneladas) e Pernambuco (481 mil toneladas) são os três maiores estados produtores. (GA)
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