A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros retomou a realização de reuniões presenciais do Comitê Regional de Prevenção à Mortalidade Materna, Infantil e Fetal. Os encontros presenciais, realizados trimestralmente, foram interrompidos em 2021 por causa da pandemia da Covid-19.
Os comitês municipais e regionais atuam com o objetivo de identificar a magnitude da mortalidade materna, suas causas e os fatores que a determinam. Com base em dados, são propostas medidas que previnam a ocorrência de novas mortes, com a melhoria da assistência prestada às gestantes. Participam dos comitês profissionais dos serviços de atenção primária, vigilância ambulatorial, epidemiológica e de saúde, representantes de hospitais, serviços de urgência e emergência, bem como representações da sociedade civil.
A superintendente regional de saúde, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, destacou a importância do trabalho implementado pelo comitê, “pelo fato de ampliar a avaliação das causas das mortes maternas, infantis e fetais, sobretudo dos óbitos que podem ser evitados. As discussões contribuem para que, tanto nas microrregiões de saúde como em nível regional, os profissionais e estabelecimentos de saúde invistam na melhoria contínua da assistência prestada à população”, pontuou a superintendente.
A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, observou que, embora as reuniões presenciais tenham sido paralisadas em virtude da pandemia da Covid-19, “os trabalhos de investigação e avaliação de casos teve continuidade, levando em conta a importância que essas ações influenciam no aprimoramento dos trabalhos dos profissionais de saúde, visando melhorar a assistência à saúde das mulheres em idade fértil, bem como das crianças e recém-nascidos”.
Ao falar sobre a importância dos comitês para a qualificação da assistência materna e infantil, a médica ginecologista e presidente do Comitê Estadual de Prevenção à Mortalidade Materna, Infantil e Fetal do Estado de Minas Gerais, Regina Amélia Lopes Pessoa de Aguiar, observou que “o caráter confidencial, não coercitivo e punitivo dos comitês fortalece o caráter educativo e, ao identificar os fatores de evitabilidade dos óbitos, contribui para o aprimoramento da qualidade dos trabalhos executados pelos serviços de saúde, além de subsidiar as políticas públicas de assistência”.
Além disso, destacou a médica, a identificação de falhas nos processos de cuidado exige que os serviços de vigilância epidemiológica e sanitária estejam bem estruturados. “Os comitês municipais e regionais devem estar continuamente ativos, envolvendo representações dos serviços de saúde, da sociedade e das entidades ligadas às políticas de equidade, a fim de que a melhoria da assistência à saúde das mulheres e das crianças parta de um olhar ampliado das condições sociais e regionais”, frisou Regina Aguiar.
Durante a reunião a referência técnica da Coordenadoria de Atenção à Saúde da SRS Montes Claros, Eusane Ferreira Fonseca Santos, foi eleita presidente do Comitê Regional de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal. Para a vice-presidência foi eleita a referência técnica da Coordenadoria de Regulação da SRS, Katherine Tolentino de Souza.
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