GIRLENO ALENCAR
A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros concluiu no município de Espinosa a realização de força tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. Devido ao alto índice de infestação do mosquito, foi necessária a aplicação de inseticida na área urbana com utilização de equipamentos de Ultra Baixo Volume Veicular – (UBV) e aerosystem, no interior de domicílios. O trabalho teve duração de três ciclos consecutivos iniciados segunda-feira (24), com atuação das referências técnicas das coordenadorias de Epidemiologia e de Vigilância em Saúde da SRS de Montes Claros, Ildenir Meireles Barbosas, João Bosco e Kleber Morais de Sá.
A coordenadora de vigilância em saúde da SRS, Agna Soares da Silva Menezes alerta que com o calor do verão e a ocorrência de chuvas, a tendência é de que haja grande proliferação do Aedes aegypti nos locais onde houver materiais que facilitem o acúmulo de água. Por esse motivo, alerta a coordenadora, “é preciso que a população adote ações de prevenção contra o mosquito, com a limpeza ou eliminação de vasilhames e de locais que facilitem a proliferação do Aedes”. Entre os locais que merecem atenção especial estão ralos, calhas, vasos de plantas, pneus e vasilhames que servem de bebedouro para animais domésticos, como cães e gatos. A recomendação é que os recipientes sejam lavados com água e sabão, o que possibilita eliminar ovos depositados pelas fêmeas do mosquito, que tem ciclo médio de sete dias para eclosão.
Até quarta-feira (25), Minas Gerais registrou 1.885 casos prováveis de dengue, sendo 347 confirmados. Em relação à febre chikungunya foram registrados 79 casos prováveis da doença, sendo quatro confirmados. Por outro lado, o Estado contabiliza seis casos prováveis zika vírus. Em setembro de 2021 a SES-MG publicou a Resolução 7.733 que instituiu ações estratégicas e o repasse de incentivo financeiro aos municípios para auxiliar no enfrentamento das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti. Para 86 municípios que compõem a macrorregião de saúde do Norte de Minas foram alocados R$ 3,673 milhões.
As ações estratégicas objetivam intensificar as medidas de prevenção, monitoramento, controle e resposta dos municípios no enfrentamento das arboviroses antes e durante seu período sazonal. Para isso os municípios devem realizar ações integradas de saúde considerando os seguintes eixos: vigilância (epidemiológica, entomológica, controle vetorial e laboratorial); comunicação em saúde e mobilização social; assistência (atenção primária, secundária e terciária à saúde; assistência farmacêutica); e gestão (articulação intersetorial, logística de insumos e pactuação entre os governos municipais e o Estado).
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