Na semana em que se comemora o Dia Nacional do Índio (19/4), a reflexão sobre o tema será debatida no ambiente acadêmico, com a realização da “Roda de Conversa Insurgência dos Saberes Indígenas”. Será na próxima terça-feira (20), às 19h15, sob organização do Departamento de Geociência da Universidade Estadual de Montes Claros. As atividades serão virtuais, com transmissão pelo canal YouTube “GeoLives Unimontes” e participação aberta ao público em geral. A convidada será Cleonice Pankararu – Toa Kanyna Pankararu da Aldeia Cinta Vermelha Jundiba, de Araçuaí, município do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
O curioso é que o Norte de Minas conta com a maior nação indígena de Minas Gerais, que são os Xacriabás, no município de São João das Missões, onde o prefeito Jair é indígena. Além de marcar a data, o objetivo da live é “ampliar a voz insurgente dos povos indígenas, reconhecer os saberes em sua ancestralidade e potencializar sua existência diante das adversidades da modernidade”. A mediação será do professor Cássio Silva, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO), com a participação de pesquisadores da Unimontes: professor Fabiano José (Departamento de Políticas e Ciências Sociais), com a temática – “A Lição de Sabedoria dos Povos Indígenas: a propósito dos mundos esgotados”, e o professor Heiberle Horácio (Departamento de Filosofia), com abordagem sobre a “A Lei 11.645/08 e os Direitos Indígenas nas Escolas”.
O dia 19 de abril é uma data emblemática, como reflexão sobre resistência e luta dos povos indígenas no Brasil, considera a indígena Uakyrê Pankararu, filha da Cleonice. Para ela, “a sociedade é norteada por um pensamento eurocêntrico e dominante que compromete os direitos e nega a realidade do seu povo”. A Aldeia Cinta Vermelha Jundiba, onde reside a família, é constituída por dois povos Pankararu/Pataxó. São seis famílias, com aproximadamente 20 pessoas. “Nós, como povos originários e detentores dos saberes ancestrais, estamos em constante luta para preservação de nossos territórios, de nossa Mãe Terra, nossa vida e pelo bem viver. Debater a insurgência é necessário, principalmente neste atual momento político de grandes ameaças aos povos originários”, acrescenta a indígena. A live conta com o apoio e a participação do Grupo de Estudos de Estudos Interdisciplinares de Povos Indígenas da Unimontes (GEIPI-ABÁ). (GA)
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