GIRLENO ALENCAR
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Montes Claros, Glenn Andrade, alertou na manhã de ontem (30) que se a Prefeitura de Montes Claros não promover a flexibilização para a abertura de algumas lojas da cidade a partir de 5 de abril, muitas delas encerrarão suas atividades em caráter definitivo, pois os empresários não conseguem mais pagar o aluguel, impostos e taxas e ainda mais os salários dos funcionários. Hoje, ele participa de reunião com o governador Romeu Zema, organizada pela Federação do Comércio de Minas Gerais, quando alertará para essa situação. O mesmo alerta foi expedido para o prefeito Humberto Souto.
O líder sindical explica que ficou apreensivo com a proposta do Estado em antecipar alguns feriados e com isso, manter o comércio fechado. Glenn Andrade explica que através de acordo assinado entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores, foi aberta uma possibilidade dos empresários pagarem até o quinto dia útil do mês, 70% dos salários dos trabalhadores e no mesmo dia, fornecer um cartão com os 30% restantes, onde o trabalhador poderá comprar o que desejar e a empresa teriam em média 25 dias para pagar esse cartão. Outra alternativa é usar o banco de horas negativo ou antecipar as férias desse trabalhador, diante da constatação que a empresa está fechada.
Glenn Andrade ainda cobra uma ação rápida do Governo Federal, criando uma forma de sustentar a classe trabalhadora, além de redução dos salários e da jornada de trabalho. Explica ainda que os sindicatos estão preocupados com os impactos sociais dos comerciários e por isso, iniciará uma mobilização para conseguir 1 mil cestas básicas para serem repassados aos profissionais desse setor, em caráter emergencial.
