Sessão especial promovida no Plenário do Senado nessa sexta-feira (23) comemorou o Dia Mundial do Desporto Olímpico e o Dia do Atleta Olímpico, ambos celebrados anualmente em 23 de junho. A homenagem foi requerida pela senadora Leila Barros (PDT-DF), que também presidiu a reunião.
— A data de hoje nos leva a refletir sobre o significado do esporte e sua capacidade única de unir as pessoas e as nações. Os Jogos Olímpicos são um símbolo único de união global onde atletas de diversos países se unem para competir e representar suas nações. Eles são um espetáculo de talento, força, determinação e o testemunho do espírito humano e da capacidade de superação. Porém, é importante entender que os Jogos Olímpicos são muito mais do que uma competição, representam uma celebração de princípios universais do olimpismo, como igualdade, equidade, justiça, respeito pelas pessoas, racionalidade, compreensão, autonomia e excelência — afirmou Leila, que foi medalhista olímpica no vôlei nos jogos de 1996 (Atlanta) e em 2000 (Sydney).
Leila disse que o esporte promove a paz entre as pessoas e entre os países, ajuda a juventude, promove a saúde e gera emprego e renda, sendo ainda uma ferramenta de ascensão social. A senadora também comemorou a sanção da Lei Geral do Esporte, da qual foi relatora no Senado.
— Essa lei é um marco para o esporte no nosso país. Ela não apenas regulamenta a prática esportiva, mas também redefine como devemos tratar o esporte em nossa sociedade. Os avanços trazidos são numerosos e impactantes. Incluímos dispositivos que asseguram a participação da sociedade civil no Conselho Nacional do Esporte e valorizam as mulheres tanto nas premiações quanto na direção das atividades esportivas. Vamos vestir a camisa do esporte, não importa se você busca medalhas ou uma vida mais saudável e feliz. Viva o esporte! — disse Leila.
O ex-atleta olímpico Rui Campos do Nascimento, representante da Organização Atletas pelo Brasil, disse que a entidade está há 17 anos atuando em prol do esporte. Ele foi medalhista olímpico no voleibol em 1984, em Los Angeles. Segundo disse, a organização tem projetos esportivos e na área da educação, buscando a transformação social por meio do esporte.
— Pierre de Cobertin, pai dos Jogos na era moderna, tendo fundado o Comitê Olímpico Internacional no mesmo dia de hoje, em 1894, visava à construção de um mundo melhor por meio do esporte como instrumento de cidadania e educação, livre de discriminação e de preconceitos, com valorização da igualdade, da amizade e da solidariedade — pontuou Nascimento.
Diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o judoca Rogério Sampaio garantiu que o COB trabalha de maneira incansável para ajudar os atletas brasileiros. Ele ganhou medalha de ouro no judô em 1992, em Barcelona. O atleta disse que a prática de esporte ajuda a pessoa a ter uma vida ativa e saudável, tanto física quanto mentalmente.
— Além dos atletas de ponta, temos nossos olhos voltados também para a base de todo esse processo, jovens e crianças do nosso país. Estamos certos de que o esporte é um valioso instrumento de educação e de inclusão social. Ele proporciona a vivência de valores e comportamentos positivos que valem para todos nós em todos os aspectos das nossas vidas. O esporte impacta e transforma vidas — afirmou Rogério Sampaio.
Um dos maiores desafios para o país agora é a consolidação do Sistema Nacional do Esporte, disse a secretária-executiva do Ministério do Esporte, Juliana Picoli Agatte. Ela defendeu articulação entre esporte, educação e saúde para a redução da violência e da vulnerabilidade social.
— É necessário estabelecer os critérios, as regras para que de fato a gente, a partir de um plano nacional do esporte, com metas para estados, municípios, para o próprio governo federal, que a gente consiga ampliar a base de praticantes de atividades físicas e de esporte no nosso país.
A reitora do Instituto Federal de Brasília (IFB), Luciana Massukado, avaliou que o esporte tem condições de transformar o mundo e inspirar e unir as pessoas. Ela disse que o esporte ajuda a construir uma cultura da paz.
— No esporte todos somos iguais — disse a reitora.
O embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji, registrou que o esporte sempre contribuiu para as relações entre ambos os países e que há muitos intercâmbios esportivos. O Japão foi o último país-sede dos Jogos Olímpicos, em 2021.
— Vamos tornar o mundo um lugar melhor e estreitar as relações entre o Japão e o Brasil, desenvolvendo ainda mais intercâmbios esportivos — disse o embaixador.
No início da sessão especial, antes dos convidados falarem, foi executado o Hino Nacional e, em seguida, houve uma apresentação de breakdance. O presidente da Federação Brasiliense de Dança Desportiva, B.Boy Chede, e outros atletas fizeram no Plenário uma demonstração do breaking, modalidade que estará presente nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. A sessão foi convocada em atendimento ao Requerimento 51/2023, de autoria de Leila Barros e outros senadores.
No ordenamento jurídico nacional, o Dia Mundial do Desporto Olímpico foi instituído pela Lei 9.615, de 1998. Durante este dia, o COB costuma realizar a chamada Semana Olímpica em diversas cidades do país. (Agência Senado)
