SES-MG, Unimontes e SBEQ realizaram curso de práticas de manejo de morcegos - Rede Gazeta de Comunicação

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SES-MG, Unimontes e SBEQ realizaram curso de práticas de manejo de morcegos

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e o Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) finalizaram, na sexta-feira, (10), a realização do primeiro curso de Boas Práticas de Manejo de Morcegos que a Sociedade Brasileira para os Estudos de Quirópteros (SBEQ) está ministrando em Minas Gerais. Dezenas de agentes de controle de endemias de 54 municípios que integram a área de atuação da SRS Montes Claros e técnicos de controle agropecuário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) participaram do curso com aulas teóricas e práticas. As atividades foram realizadas no auditório do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde e na área externa do campus da Unimontes.

O evento contou com a participação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV); do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO); da SBEQ; do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e da Prefeitura de Montes Claros.

O professor da Universidade Federal de Pernambuco e presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos de Quirópteros, Enrico Bernard, destaca que a escolha de Montes Claros para sediar a realização do primeiro curso de Boas Práticas de Manejo de Morcegos leva em conta a importância estratégica do Norte de Minas para a implementação do Plano Nacional de Conservação de Cavernas. O trabalho é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO). Em 2024, o mesmo curso será ministrado em Goiás e na Bahia.

“O Norte de Minas possui cavernas de grande importância para a conservação da biodiversidade, entre elas o Vale do Peruaçú e a região da Lapa Grande. Nesse cenário se inserirem os morcegos que desempenham importante atividade para a manutenção do equilíbrio do meio ambiente e que, por exemplo, favorecem a produção do pequi e da castanha do baru. Se uma pessoa gosta de chocolate, deve lembrar que a produção de cacau depende da ação dos morcegos. Eles se alimentam de insetos que prejudicam a produção das lavouras de cacau”, observou Enrico Bernard.

O professor entende que o monitoramento e a investigação de morcegos com suspeita de terem contraído o vírus da raiva “constitui medida importante por parte dos serviços municipais de vigilância. Porém, um morcego contaminado pelo vírus da raiva é exceção e não regra. Daí a importância da capacitação dos agentes de controle de endemias e de atividades agropecuárias”. (PEDRO RICARDO – Colaborador)

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