Seminário on-line apresenta oportunidades de negócios a suinocultores mineiros - Rede Gazeta de Comunicação

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Seminário on-line apresenta oportunidades de negócios a suinocultores mineiros

As secretarias de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de Desenvolvimento Econômico (Sede) realizam, amanhã (27), a abertura do “Seminário de Promoção de Exportações para o Setor de Suínos de Minas Gerais”, com objetivo de informar a produtores e indústrias sobre mercados externos que têm valorizado o produto nacional. Em 2020, o faturamento mineiro do setor, com as vendas internacionais, cresceu 57,4%, em comparação ao ano anterior, fazendo com que Minas alcançasse uma receita total de US$ 40 milhões, conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

O seminário virtual, dividido em quatro encontros, reunirá representantes das agroindústrias, cooperativas e associações de suinocultores estaduais em torno de um panorama de oportunidades de comércio desses produtos, em um cenário de demanda externa crescente. O primeiro encontro será transmitido pelo canal da Sede no Youtube, a partir das 9h.

Nos três painéis temáticos seguintes, previstos para 3, 12 e 17 de novembro, participam adidos agrícolas e promotores comerciais das embaixadas brasileiras na Argentina, África do Sul e em Singapura, respectivamente.

De acordo com o diretor de Promoção de Exportações da Sede, Marcello Faria, a programação foi idealizada para atender empresas em diferentes estágios de exportação – desde aquelas que já são grandes exportadoras até as iniciantes no comércio exterior. “Desta forma, o seminário propiciará que trabalhemos em duas frentes principais na política de exportações agroindustriais da parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Agricultura: a exportação de produtos de maior valor agregado e a diversificação de mercados”, explica Faria.

Diálogo

A ação ocorre com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg); a Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg); e a Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal (Afrig). Durante o primeiro dia de debates, estarão presentes, ainda, gerentes de negócios do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e do Banco do Brasil (BB) para comentar sobre linhas de financiamento específicas para o setor exportador. Ao fim deste ciclo, será aberta uma rodada de perguntas e respostas dos ouvintes.

Para o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Oliveira Bovo, o Governo de Minas, junto às instituições parceiras, tem se empenhado para ouvir e atender às demandas de diversos setores do agronegócio por diversificação de destinos para exportação, além de orientação para os trâmites legais e hábitos de consumo de mercados ainda não explorados. “A gente percebe que Minas, apesar de ser um grande produtor de alimentos agropecuários e agroindustriais, poderia exportar muito mais; então, nossa estratégia é viabilizar uma perspectiva de negócios internacionais para essas cadeias produtivas que já têm estrutura e organização para a entrada em um processo de comércio externo”, explica.

Exportação de carne suína

O Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína, segundo os dados do Departamento de Agricultura dos EUA. O país atingiu, em 2020, um rebanho efetivo de 41 milhões de cabeças, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por sua vez, Minas Gerais figura também na quarta colocação do ranking nacional de exportadores do produto, de acordo com o IBGE, somando 5 milhões de cabeças no último ano. No entanto, o crescimento do rebanho nacional (1,4% superior a 2019) e estadual (1% maior), por si só, não justifica o aumento do comércio externo.

Dentre os fatores que promoveram os embarques de produtos suínos brasileiros e de Minas Gerais, estão a maior procura do consumidor asiático que, nos últimos anos, tem visto uma significativa redução na oferta chinesa, cujos rebanhos vêm sofrendo com a Peste Suína Africana. Segundo o Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, a média de preços do quilo do produto nacional, nos oito primeiros meses de 2021, foi 21,8% superior ao mesmo período do ano anterior. (Portal Seapa)