GIRLENO ALENCAR
O secretário da Secretaria nacional de Assistência Social, André Quintão, sugeriu nesta terça-feira (28) à Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) convidar a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar do Ministério de Desenvolvimento Social e Cidadania para discutir a ampliação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), das cisternas comunitárias e cestas básicas. Ele participou do Seminário de Fortalecimento do SUAS, realizado no auditório da Amams, quando recebeu o pedido da entidade a liberação de 50 mil cestas básicas para atender os flagelados da seca do Norte de Minas.
Quintão disse que os municípios brasileiros deixaram de aplicar R$ 230 milhões de repasses para a assistência social por causa da pandemia e deixaram de aplicar os recursos. O Ministério de Desenvolvimento Social e Cidadania publicou portaria permitindo que se aplique esta verba este ano, sem qualquer possibilidade de prorrogação. Quintão lamentou que a assistência social não seja ainda prioridade da maioria dos gestores públicos.
O secretário-executivo da Amams, Ronaldo Soares Mota Dias, mostrou que o Norte de Minas está sendo bastante castigado com a longa estiagem, que agrava o quadro social, pois muitas famílias vivem em vulnerabilidade social e neste momento é necessário o socorro do poder público às vítimas da seca. Eduardo Rabelo, prefeito de Francisco Dumont e membro da diretoria Amams, mostrou a necessidade de ampliação do programa de aquisição de alimentos para todos os municípios e ainda pediu que os municípios sejam financiados para manter as unidades de média e alta complexidade da assistência social, como os abrigos.
A subsecretária estadual de Assistência Social, Mariana de Rezende Franco, salientou que o estado tem procurado o fortalecimento do SUAS no Norte de Minas, explicou que estão abertas as inscrições para os municípios aderirem ao programa de Cozinhas Comunitárias. A diretora de Proteção Básica de Montes Claros, Kênia Medeiros, lembrou que o município cresceu muito, mas esbarra no crescimento dos casos de usuários de drogas e de moradores de rua. Ela anunciou a ampliação do número de CRAS na cidade, saindo dos atuais 11 para 12 ou 13 unidades.
