A Secretaria Municipal de Saúde divulgou nota à comunidade onde informa que está acompanhando com atenção a detecção da bactéria “Vibrio cholerae”, agente causador da cólera, em Montes Claros e que monitora a prestação de serviços da Copasa, através do acompanhamento dos mananciais de água, do abastecimento de água tratada e do sistema de esgotamento sanitário da cidade. “A bactéria foi encontrada apenas no sistema de esgotamento sanitário, antes da ser enviada à Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, não sendo identificada no sistema de fornecimento de água” – explica a nota.
No dia 23, o GAZETA publicou que a cidade de Montes Claros apresentou positivo para o “Vibrio cholerae”, também conhecido como “vibrião colérico”, agente causador da cólera e com isso, todos postos de saúde, UPA Chiquinho Guimarães e hospitais foram colocados em alerta para o risco de surgir alguma pessoa com essa doença. A secretária municipal de Saúde, Dulce Pimenta explicou que foi constatado essa bactéria em três pontos de saída de esgoto na cidade, na primeira semana de dezembro, sendo que em um deles foi constatada através de exames laboratoriais a bactéria que pode provocar a cólera. Nas outras duas coletas, foram casos sem risco de transmitir a doença.
Na nota divulgada dia 24 a Prefeitura informa que continuará exercendo seu serviço de fiscalização e cobrança da Copasa e informa que o sistema de fornecimento de água da cidade é confiável, cumprindo todos os protocolos de segurança, razão pela qual as pessoas devem evitar o consumo de água não tratada ou o consumo de alimentos sem o devido preparo. A nota da Prefeitura gerou como consequência várias pessoas suspendendo o uso da água da Copasa e correndo para comprar água mineral, com o galão de 20 litros oscilando de R$ 8 a R$ 10,00.
O GAZETA alertou no dia 23 que as coletas foram realizadas nas imediações da Rodoviária e do Condomínio Vitoria, onde em um dos casos se constatou o vírus. Isso levou a Secretaria Municipal de Saúde a promover reunião com os profissionais de saúde e emitir o alerta para monitorar os casos de diarreia. Dulce Pimenta explica que nessa época do ano é comum ocorrer diarreias, pois as pessoas viajam mais e alimentam de outros produtos não comuns no dia-a-dia. Por isso, pede que haja cautela para não entrar em pânico, pois nos casos provocados pelo vibrião colérico, a pessoa tem de ser levada para tratamento em hospital. “Pedimos aos profissionais da saúde para ficarem atentos, pois como todo foco agora é para o Covid-19, pode ocorrer de passar despercebido algum caso de cólera”, justifica a secretária.
Ela lembra que a Vigilância em Saúde monitora a água ofertada pela Copasa em Montes Claros, mas esbarra em um problema: tem muita gente que consome água alternativa, como de poços, onde não é feita a análise. Nesse sentido, lembra que muitos condomínios residenciais alegam usar a água para outras atividades, que não seja o consumo humano. Ela cita como exemplo o fato de muitas pessoas consumirem a água do DER, no bairro Alto São Joao, que é considerada inadequada para consumo humano e o órgão já foi notificado a suspender a atividade e será responsável por qualquer problema que causar a algum morador. Dulce reforça que os três casos analisados são de esgoto, mas a Vigilância de Saúde a fiscalização até em água mineral é realizada a partir de denuncia, se algum consumidor suspeitar de algum problema, pois é impossível fiscalizar toda cidade.
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