O SAMU Macro Norte, gerido pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas-Cisrun abriu negociação com a Prefeitura de Montes Claros para receber a dívida de R$ 5 milhões. Na quarta-feira, em pleno feriado da Proclamação da República, a diretoria do Cisrun se reuniu com o vice-prefeito Guilherme Guimarães e o vereador Marcos Nem. A proposta inclui o repasse da escritura do terreno onde esta o complexo do SAMU para abater na dívida. No ano de 2007, a prefeitura cedeu o imóvel para o SAMU construir sua base, mas sem passar a escritura.

No dia 23 de outubro, os profissionais do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência (Cisrun)/SAMU Macro Norte uniram forças com a diretoria da instituição para, através de reunião, sensibilizar as autoridades sobre a importância do SAMU para o Norte de Minas e mostrar a necessidade de realizar os repasses das verbas devidamente. A reunião aconteceu na Câmara Municipal de Montes Claros. O contador Ivan Fonseca exibiu a prestação de contas de janeiro a setembro de 2023 e foi mostrado uma dívida, de mais de R$ 7 milhões, dos municípios consorciados com o Cisrun, e outra de mais de R$ 8 milhões do Governo do Estado.

No dia, o diretor geral do Sind-Saúde, Anderson Soares, citou a dívida de quase R$ 5 milhões que a Prefeitura de Montes Claros possui junto ao Cisrun, por não realizar o repasse de forma integral. “A gente faz o apelo ao Município de Montes Claros para que coloque em dia essa questão financeira, e repasse mensalmente ao Consórcio o valor que é devido”, conclui Anderson.

A Prefeitura de Montes Claros integra esse Consórcio, e a população de Montes Claros recebe os ótimos trabalhos prestados pelo SAMU. Quero dizer que nós temos que entender as questões financeiras.

“Quando o prefeito Humberto Souto chegou à Prefeitura, ele teve muita dificuldade econômica e, naquele momento, tinha que reestruturar. Na medida em que nós vamos organizando a Prefeitura, nós podemos discutir com bases sólidas e responsáveis. Não adianta a gente prometer uma coisa e não cumprir. Eu como funcionário do Estado sei dos anos que recebemos o salário em três parcelas. Então, é melhor ter o recurso garantindo do que, eventualmente, não conseguirmos”, disse o vice-prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães.

O presidente do Cisrun, e também prefeito do Município de Juvenília, Rômulo Carneiro, destacou a grandiosidade do serviço e a necessidade de um olhar diferenciado e com maior atenção e cuidado por parte das autoridades. “Talvez hoje seja a reunião mais importante da minha vida como presidente do SAMU, como prefeito de Juvenília, como presidente do Cimvales, porque estou aqui, pedindo a todos vocês deputados, senadores e presidentes de Consórcios que me ajudem a levantar a bandeira para fortalecer o Cisrun/SAMU Macro Norte”, disse Rômulo solicitando apoio das autoridades. (GIRLENO ALENCAR)