Samu ameaça suspender atendimento em municípios inadimplentes - Rede Gazeta de Comunicação

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Samu ameaça suspender atendimento em municípios inadimplentes

O Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgência e Emergencia do Norte de Minas (Cisrun Macro Norte), que administra o SAMU no Norte de Minas, ameaça suspender o atendimento aos moradores dos municípios que estão inadimplentes com a entidade. O presidente Marcelo Gonçalves, prefeito de São Romão, explica que as penalidades poderão ser impostas aos municípios inadimplentes, desde a suspensão imediata da prestação do serviço de urgência e emergência, até a exclusão do Consórcio. Ele lembrou que a inadimplência de alguns municípios, que não estão em dia com os repasses financeiros, acaba por prejudicar, não apenas o padrão de qualidade com o qual o SAMU Macro Norte é reconhecido nacionalmente, mas a própria manutenção do serviço em determinados municípios.

A maior dívida que o SAMU tem de receber é de Montes Claros. No ano de 2015, a Prefeitura não concordou com o aumento do repasse per capta referente a cada morador. O assunto foi para a esfera judicial. A dívida passa de R$ 1 milhão. Outras dívidas são de Januária e Pirapora. O SAMU tem uma media de atendimento de 4.300 pessoas por mês, sendo que na unidade de Montes Claros é responsável em média por 40% de todos os casos.

Na sexta-feira, foi realizada a 13ª Assembleia Geral do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun), no Espaço OAB, em Montes Claros. A reunião foi a primeira da Gestão 2021/2022 e contou com a participação de 39 prefeitos dos municípios consorciados e uma pauta com assuntos como a alteração do Estatuto da instituição. Em um primeiro momento, o coordenador do Núcleo de Educação Permanente, Ubiratam Correia, falou sobre a responsabilidade do Cisrun, como órgão que administra o SAMU Macro Norte, e sobre a estrutura e o trabalho desenvolvido pelo mesmo em sua área de atuação que é composta por 86 municípios espalhados por uma extensão de 122 mil quilômetros quadrados, a qual, para se ter uma ideia, é maior que 74% dos países da Europa.

Assim, os prefeitos conheceram um pouco mais do trabalho realizado pelo SAMU, que vai muito além do atendimento de urgência e emergência realizado pelas equipes de suporte básico e avançado passando pela criação de procedimentos e equipamentos e pela regulação médica. Em seguida, o contador do Consórcio, Ivan Fonseca, apresentou as contas do Cisrun, relativas ao biênio que teve início no mês de março com a posse da nova diretoria. Entre as alterações propostas do Estatuto do Cisrun, e aprovadas por unanimidade pelos conselheiros presentes, estavam a alteração de prazos relativos ao processo eleitoral e a algumas competências do Conselho Diretor e do Conselho Fiscal. (GA)