A Sociedade Rural de Montes Claros divulgou nota de repúdio contra um banco, por entender que ele discriminou e atacou a classe rural. Em nota assinada pelo presidente José Moacyr Basso, a entidade afirma que “repudia, com veemência, a publicidade do Banco Bradesco onde a instituição financeira apresenta, por meio de três influenciadoras digitais, a solução para os clientes com a mudança de rotina na alimentação para reduzir a emissão de carbono”. O trio deu dicas sobre como fazer isso, sugerindo a implantação da “segunda-feira sem Carne”, questionando “que tal escolher pratos vegetarianos?”. Uma das mulheres afirmou que “criar gado vai causar emissões de gases de efeito estufa”. Desde o dia 1º de janeiro que o GAZETA recebeu a nota, mas ficou aguardando o esclarecimento do banco, que até ontem a tarde nada falou.
“O vídeo traz uma abordagem em relação ao sistema de produção da carne brasileira de forma irresponsável, o que pode causar prejuízos imensuráveis à cadeia produtiva da pecuária nacional. É no mínimo, estranha, a postura das ativistas que tentam desconstruir o trabalho duro de abnegados homens que escrevem suas histórias no campo. É vergonhoso para uma instituição financeira patrocinar, sem provas reais, um produto de comunicação que critica o setor produtivo que gera divisas, empregos e renda. É também contraditória essa posição vinda de uma instituição que sempre lucrou com financiamentos para a pecuária de corte, se postando como parceira do produtor rural”, destaca a nota da classe rural.
“Ponto importante a ser destacado está quanto à criação de gado a pasto. Segundo a Embrapa, realizar o manejo correto do pasto proporciona a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Além disso, ainda garante ao pecuarista resultados produtivos satisfatórios, equilibrando a estabilidade de boas forrageiras, bom desempenho animal e a compensação ambiental. Diante disso, é impossível não se manifestar contra as informações totalmente descabidas citadas pelas influenciadoras que tentam descredibilizar a atividade Pecuária, que juntamente à Agricultura e outros segmentos do Agro alimentam milhões de pessoas e sustentam a balança comercial brasileira à custa de muita dedicação e esforço do produtor rural, os quais pagam os juros mais altos do mundo para produzir alimento”, ressalta.
A Sociedade Rural lamenta tal postura, ciente de que o estrago foi feito, e espera que seja cessado para evitar maiores problemas a classe produtora e vê como necessária a retratação formal, fundamentada e amplamente divulgada pelo banco. (GA)
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