Respeito é sempre necessário - Rede Gazeta de Comunicação

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Respeito é sempre necessário

VINÍCIOS SANTOS

Jornalista

O mundo é dinâmico, assim como as pessoas, e tudo e todos estão em movimento, em constante transformação. Nem sempre para melhor, a meu ver, mas fato é que muitas mudanças não pedem licença, elas simplesmente vêm e vêm para ficar.

Em minha infância, pouco mais que duas décadas atrás, apenas nos filmes extremamente futuristas se imaginava que um dia seria possível fazer uma chamada de vídeo, ao vivo, com pessoas a quilometros de distância. Hoje uma criança de três anos faz esta mesma chamada com absoluta normalidade. Mas não quero aqui falar apenas das mudanças tecnológicas, talvez as mais notadas e comentadas. Quero mencionar a sociedade, que vem mudando e de uma maneira até mais abrupta que os aparelhos eletrônicos.

Vejo as crianças e adolescentes e em nada se parecem com aqueles que fomos, uma, duas décadas atrás. Há pontos positivos, e muitos irão apontá-los, mas há também fatos que eu não consigo entender, como a forma como lidam com os mais velhos, até mesmo nas simples conversas.

Em muitas oportunidades, falta respeito. E, por mais que os mais velhos sejam difíceis, respeito para com eles não deveria faltar. Em muitas circunstâncias eles simplesmente não irão nos entender, justamente por serem de outro tempo, de outras realidades, e nós não vamos concordar, mas há de se ter respeito na maneira como nos dirigimos a qualquer pessoa mais velha. E isso é apenas um exemplo… Precisamos ter respeito com todos, prezar por uma boa convivência.

As pessoas têm se organizado em grupos, os mais diversos possíveis, e muitas vezes não conseguem coexistir com respeito, quando se relacionam com qualquer outro que não comunga daqueles ideais, daquela realidade, elas se tornam indiferentes em relação a todos que não fazem parte dos seus amigos; da sua geração; da sua torcida organizada; da sua escola…

Só que estando sempre entre iguais não há possibilidade de crescimento, de aprendizado. Entre iguais só existe reafirmação daquilo que já se é, sem mudança, sem nada de novo. Que possamos nos abrir, conversar com o outro e tentar entender o seu ponto de vista. Não é sobre aceitar, não é sobre reprimir-se diante do diferente. É sobre ouvi-lo, é sobre refletir, e talvez, só talvez, conseguir viver em paz.