O Dia Nacional de Combate à Tuberculose, ocorrido no dia 17 de novembro, foi marcado no Norte de Minas com o relatório da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros onde revela que 14 pessoas morreram com a doença e 194 casos foram notificados, de acordo com dados contabilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os números estão aumentando, visto que a média histórica é de 137 casos de tuberculose notificados anualmente na região”, alerta a referência técnica. Apesar da necessidade de se ter uma atenção especial com a tuberculose, Siderllany Vieira destaca que a doença tem cura. A Superintendência Regional reforçou com as secretarias municipais de saúde a importância do diagnóstico precoce e o encaminhamento de pacientes para tratamento.
A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outras partes do corpo. Em comunicado enviado aos municípios, a referência técnica da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da SRS, Siderllany Aparecida Vieira Mendes de Brito destacou que, por ano, são notificados mais de 10 milhões de casos de tuberculose no mundo e 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência de complicações causadas pela doença. Em virtude da pandemia da Covid-19, a Superintendência Regional de Saúde observa a importância dos municípios estarem atentos no sentido de alertar a população quanto aos sintomas da doença, o que propicia o diagnóstico precoce.
A tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa pelo ar, quando uma pessoa doente tosse, espirra, canta ou fala. A tosse com duração de três ou mais semanas é um dos principais sintomas da doença, acompanhada ou não de febre ao final da tarde, suor noturno e emagrecimento. Qualquer pessoa pode adoecer por tuberculose, mas aqueles que vivem com o vírus HIV/Aids; diabéticos; pessoas que convivem com outras acometidas por tuberculose; pessoas em situação de rua ou privados de liberdade estão entre os grupos de maior risco de adoecimento.
A realização do exame do escarro é uma das principais ações para o diagnóstico da tuberculose. O Estado de Minas Gerais possui uma rede que realiza o teste rápido molecular para o diagnóstico da doença e o exame de cultura. A tuberculose tem cura. O tratamento é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Para o êxito do tratamento é importante que o paciente tome os medicamentos todos os dias e no tempo mínimo de seis meses. O abandono do tratamento é um dos principais desafios para o controle da tuberculose. Trata-se de uma situação grave e que pode levar o doente à morte, além de manter a transmissão da doença e ocasionar o aparecimento de bactérias mais resistentes aos medicamentos.
Lançado em março de 2019, o Programa Estadual de Controle da Tuberculose de Minas Gerais (PECT-MG) tem o objetivo de reduzir o coeficiente de incidência de casos para menos de 10 por 100 mil habitantes. A implementação do Programa nos municípios está sendo acompanhado pelas referências técnicas da SRS, Siderllany Vieira e Damaris Soares. Até 2022, outra meta prevista de enfrentamento à tuberculose é a redução para menos de um óbito por 100 mil habitantes. Para isso, o Programa tem como meta central orientar as ações de vigilância, assistência e planejamento em saúde além de uma série de propostas efetivas e pactuadas para o enfrentamento da doença no Estado envolvendo diversas frentes.
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