A rede de atendimento de pessoas vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) que há dois anos funciona na Santa Casa de Montes Claros será ampliada para outras cidades do Norte de Minas, sendo a primeira região do Estado dotada desse serviço. O coordenador de Atenção à Saúde, João Alves Pereira explica que numa etapa inicial está propondo que outros hospitais de Montes Claros, Janaúba e Taiobeiras recebam o custeio do fornecimento de medicamento trombolítico utilizado no atendimento de pacientes vítimas de AVC. Medicamentos trombolíticos dissolvem coágulos sanguíneos que são, na maioria das vezes, a causa dos derrames.
Numa segunda etapa, a partir da estruturação dos serviços, essas instituições deverão solicitar ao Ministério da Saúde o credenciamento para inserção na rede AVC e, com isso, passarão a ter o atendimento de pacientes custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A partir dos esclarecimentos repassados aos municípios vamos aguardar a relação das instituições que formalizarem a solicitação para o atendimento de pacientes vítimas de AVC. A partir daí, a SES-MG vai viabilizar o credenciamento dos novos serviços”, frisa o coordenador.
A implantação, no Norte de Minas, do Projeto Madre Tereza de Calcutá que compreendeu a criação da primeira rede de atendimento de pessoas vítimas de AVC em Minas Gerais aconteceu dia 1º de dezembro de 2016 durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). A rede foi viabilizada com aporte de aproximadamente R$ 1 milhão disponibilizado pelo Rotary International à Santa Casa de Montes Claros, que criou uma ala de 20 leitos para atendimento exclusivo de pacientes vítimas de AVC.
Atualmente o serviço é custeado pelo SUS e, segundo a Santa Casa, em dois anos de funcionamento já atendeu mais de dois mil pacientes. Em julho de 2020, por meio da Deliberação 3.193 e do Programa Rede de Resposta às Urgências e Emergências, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais repassou R$ 1,5 milhão à Santa Casa para o atendimento de pacientes acometidos por AVC.
