Raízes gaúchas, empresário em comum: coincidências de Lisca e Felipão - Rede Gazeta de Comunicação

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Raízes gaúchas, empresário em comum: coincidências de Lisca e Felipão

MONTAGEM COM IMAGENS DE JOÃO ZEBRAL/AMÉRICA E BRUNO HADDAD/ CRUZEIRO

Os técnicos Lisca, do América, e Felipão, do Cruzeiro, vão se enfrentar pela segunda vez em suas carreiras no jogo desta quarta-feira, às 21h30, no Independência, pela 25ª rodada da Série B. A classificação do campeonato mostra momentos completamente distintos: enquanto o alviverde, vice-líder com 44 pontos, almeja o acesso, a equipe celeste está na parte de baixo da tabela, em 16º, com 28.

Lisca, de 48 anos, conduz ótimo trabalho à frente do Coelho, que disputará a semifinal da Copa do Brasil nos dias 23 e 30 de dezembro, contra o Palmeiras. Já Felipão, de 72 anos, recebeu a missão de “salvar” uma temporada marcada por trocas de técnicos – Adilson Batista, Enderson Moreira e Ney Franco foram demitidos ao longo de 2020.

Ainda que em fases opostas, esses dois grandes personagens do futebol brasileiro estão unidos por alguns fatores. Recentemente, em novembro, Lisca assinou com Jorge Machado, mesmo empresário de Scolari, para gerenciar sua carreira.

Os técnicos também têm forte relação com o futebol gaúcho. Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca, é neto de Jorge de Lorenzi e bisneto de Carlos de Lorenzi, ambos ex-goleiros do Internacional. Em sua trajetória no futebol, o atual comandante do América passou tanto pelas categorias de base do Colorado quanto pela equipe principal. No Rio Grande do Sul, também conduziu trabalhos à frente de Canoas Sport Club (antigo Ulbra), Brasil de Pelotas, Juventude, Porto Alegre, Caxias e Novo Hamburgo.

Por sua vez, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, foi zagueiro do Caxias de 1973 a 1979, além de defender Juventude, Novo Hamburgo e CSA. Como treinador, teve grande sucesso no Grêmio, na década de 1990, ao conquistar Campeonatos Gaúchos, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores da América e Recopa Sul-Americana. Ainda no Rio Grande do Sul, conduziu trabalhos à frente de Juventude, Brasil de Pelotas e Pelotas.

A primeira vez

O único duelo entre os treinadores ocorreu em 2018, pela Série A do Campeonato Brasileiro. No dia 21 de outubro, o Palmeiras de Felipão superou o Ceará de Lisca por 2 a 1, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, pela 30ª rodada.

Naquela ocasião, o meio-campista Bruno Henrique fez os dois gols dos donos da casa ainda no primeiro tempo. Revoltado com a marcação de um pênalti pelo quarto árbitro, Lisca acabou expulso antes do intervalo. Em sua saída do gramado, fez gestos de “roubo” em direção à torcida do Palmeiras.

Nos acréscimos da etapa inicial, o atacante palmeirense Deyverson também recebeu cartão vermelho, e o cenário da partida mudou. A equipe cearense partiu para o ataque no segundo tempo e chegou a descontar com Arthur Cabral, mas não fez o suficiente para evitar a derrota.

Ao fim daquela temporada, os dois treinadores tiveram razões para sorrir. Enquanto Lisca conduziu ‘milagre’ para livrar o Ceará do rebaixamento – 15º, com 44 pontos -, Felipão foi campeão nacional com o Palmeiras, que somou 80.

Dois anos depois, um deles busca afirmar seu nome como um dos melhores da nova geração de treinadores do país, e o outro faz uso de sua grande experiência para ajudar a reconstruir um clube.

A partida desta quarta-feira marcará, para além de um reencontro dos gaúchos, mais uma página histórica do clássico. Juntos pela primeira vez na segunda divisão nacional, América e Cruzeiro precisam da vitória e prometem um confronto emocionante. (Superesportes)