Quatro torcedores do Cruzeiro vão a júri popular por morte de atleticano - Rede Gazeta de Comunicação

PUBLICIDADE

Quatro torcedores do Cruzeiro vão a júri popular por morte de atleticano

No ano passado, outros dois torcedores envolvidos no caso, Gustavo Luiz da Silva e Walker Marcelino, foram condenados a mais de 55 anos de prisão

Quatro integrantes da torcida Máfia Azul, ligada ao Cruzeiro, Riquelme da Silva, Samuel Souza, Luiz Veloso e Pedro Braga irão a júri popular, nesta quarta-feira (7/5), em Belo Horizonte, por ataque que causou morte de um atleticano, em 2021.

Eles foram denunciados pelo Ministério Público (MP-MG) por homicídio simples (artigo 121 do Código Penal), causado por motivo torpe, com uso de recurso que dificultou a defesa da vitima e meio cruel.

De acordo com relatos de testemunhas, os acusados interceptaram no bairro Novo das Indústrias, no Barreiro, o ônibus Move da linha 6350, veículo no qual estavam os torcedores do Atlético. Posteriormente, bloquearam as portas do coletivo e iniciaram os ataques. Mateus de Freitas Ferreira, de 20 anos, integrante da Galoucura, morreu em decorrência da ação violenta. Após os ataques, os denunciados foram detidos pela Polícia Militar (PM-MG) em um Blazer. Eles estavam com três bastões de madeira, cinco bombas de fabricação caseira, um soco inglês e uma unidade de fogo de artifício. No ano passado, outros dois torcedores envolvidos no caso, Gustavo Luiz da Silva e Walker Marcelino, foram condenados a mais de 55 anos de prisão.

Relembre o ocorrido

Em novembro de 2021, após a partida entre Atlético e Fluminense (2 a 1), no Mineirão, torcedores do Cruzeiro fizeram emboscada a um ônibus do Move (linha 6350) que tinha, entre os passageiros, diversos torcedores do Galo. Na época, o alvinegro estava com o título brasileiro encaminhado. O atentado, além ter terminado em uma morte, deixou ao menos 11 pessoas com queimaduras e ferimentos. O coletivo passava pelo Anel Rodoviário, em BH, quando homens ligados à Máfia Azul forçaram a sua parada. De acordo com a Polícia, foram arremessadas pedras, rojões e bombas do tipo coquetel molotov. O fogo causado pelos artefatos gerou ferimentos em passageiros.

Depois, o grupo fugiu em carros. Uma blazer branca, lotada de suspeitos, acabou interceptada por militares do 41° Batalhão da Polícia Militar.

Condenação

Os dois torcedores foram a júri popular, em maio de 2023. Gustavo foi condenado a 61 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Walker foi condenado a 56 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado também por homicídio triplamente qualificado e por sete homicídios tentados duplamente qualificados.