Os últimos meses do ano são favoráveis para o aquecimento do Comércio e do Setor Serviços em virtude das vendas na Black Friday e no período do Natal. Além da maior presença de clientes nas lojas físicas, os donos de pequenos negócios consideram que é fundamental investir em anúncios on-line para ter maior engajamento dos projetos e melhor faturamento. A primeira edição da pesquisa Negócios Digitais, realizada pelo Sebrae Minas com 1.185 empresários mineiros, apontou que 56% deles aplicaram recursos financeiros nas plataformas digitais para divulgar e comercializar seus produtos e serviços.
A principal vantagem de investir em um negócio digital apontada por 66% dos entrevistados é o alcance geográfico. A possibilidade de vender a qualquer momento foi lembrada por 44% dos empresários, enquanto 38% consideraram a autonomia do cliente como o principal benefício do comércio eletrônico. Para 37% dos empreendedores, a redução de custos com aluguel, contratação de vendedores e outras despesas é a vantagem de ter uma loja on-line.
Segundo estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCoom), o faturamento das vendas do comércio eletrônico no Brasil deve atingir R$ 186 bilhões em 2023. “Os números que as vendas de produtos e serviços por meio das plataformas digitais são reflexo do avanço tecnológico e tendem a atingir cada vez mais empresários. É uma questão de sobrevivência para os pequenos negócios estar inserido no mundo digital para usufruir de forma inteligente e eficiente todos os recursos que a internet nos oferece hoje. Por isso, toda empresa precisa se atentar para os dois ambientes: o físico e o digital”, destaca o presidente do Conselho Deliberativo Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
A plataforma mais acessada pelos donos de pequenos negócios é o WhatsApp Business, utilizada por 76% dos respondentes – o número de microempreendedores presentes na ferramenta é de cada oito a 10 empresários. Para 69%, o Instagram é a plataforma mais adequada, enquanto o Facebook é o principal meio de venda para 45% dos empresários. Para 29%, ter um próprio site da loja torna-se o diferencial do negócio e 18% colocam os produtos em plataformas de marketplace (Amazon, Shopee, Shein, entre outros).
De acordo com a pesquisa feita pelo Sebrae Minas, com relação às dificuldades de se ter um negócio digital, divulgar a loja e gerar engajamento foi a mais apontada, por 40% dos empreendedores. Em seguida, efetivar vendas e gerenciar o atendimento a todos os clientes foram dificuldades apontadas ambas por 26% dos respondentes.
Resistência
Entre os empresários que ainda resistem em ter uma loja on-line, 59% apontaram que vender pela internet não é aderente ao tipo de negócio ou que a loja física já atende às necessidades. Para 19% dos empreendedores, utilizar plataformas digitais é uma dificuldade e 17% apontaram falta de tempo para lidar com o comércio eletrônico.
Para apoiar os empreendedores nessa jornada de migrar para os negócios digitais, o Sebrae Minas disponibiliza uma série de conteúdos e consultorias, que podem ser acessados de qualquer tela (celular, computador, tablet ou smartv). Para os empreendedores, são ofertados ações como o Reload, Portal de Inovação, o Digital Biz, o Sebraetec + digital, a plataforma Sebraeplay, o ALI Transformação Digital e o Sebrae Connect.
“O dono do pequeno negócio pode encontrar orientação no Sebraetec, por exemplo, onde terá um passo a passo para montar sua loja virtual. Temos ainda mentorias para quem deseja ampliar sua presença digital, série de conteúdos e estratégias voltados aos marketplaces que ajudam os empreendedores a criarem diferenciais da concorrência nas plataformas de vendas”, explica Marcelo Silva.
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