No início da tarde dessa quinta-feira (2), foi protocolada junto ao promotor regional eleitoral de Montes Claros uma Notícia de Fato, denunciando crimes eleitorais, os quais teriam sido cometidos nas eleições de 2020, pelo hoje vereador Manoel Stalin Costa Cordeiro, mais conhecido como Stalin Cordeiro (Podemos). Entre os crimes constam compra de votos; caixa dois; e abuso de poder econômico.
O documento foi protocolado por Rodrigo Silva Soares, que trabalhou como motorista e assessor do citado vereador, durante as eleições do ano passado. O denunciante cita que: “infelizmente, até então, o [à época] candidato colecionou uma série de irregularidades que só vieram à tona nos últimos dias”, conforme a denúncia pretende demonstrar.
Segundo o documento protocolado junto ao promotor regional, “o hoje eleito vereador Manoel Stalin Costa Cordeiro do município de Montes Claros/MG, conforme o sistema ‘DivulgaCand’, declarou à justiça Eleitoral as despesas contratadas no importe de R$ 16.260,80 (dezesseis mil duzentos e sessenta reais e oitenta centavos), com o total de recursos recebidos de R$ 20.010,80 (vinte mil e dez reais e oitenta centavos)”. No entanto, ainda de acordo com a denúncia, “a prestação do candidato não condiz com a realidade dos fatos”.
A denúncia traz anexos que expõem cerca de 130 cabos eleitorais, que teriam sido contratados por Stalin Cordeiro, que trabalharam efetivamente no pleito 2020, e cujas contratações somam mais de sessenta mil reais. É válido ressaltar que na denúncia se fazem presentes os nomes completos de cada um dos supostamente envolvidos e os valores a cada um destinados.
No documento constam ainda diversos recebidos de itens que teriam sido utilizados na compra de votos, assim como material da época da campanha.
Por telefone, ex-funcionários que trabalhavam até pouco tempo com o vereador afirmaram, ainda, que estariam sofrendo assédio moral por parte do vereador, que insistia em obrigar os funcionários a apoiar – nas eleições de 2022 – a candidatura à reeleição de um determinado deputado federal.
A nossa equipe segue acompanhando o caso, e mais informações sobre o mesmo podem ser publicadas a qualquer momento.
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