Projeto que proíbe morte de cães e gatos em canis é aprovado por deputados - Rede Gazeta de Comunicação

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Projeto que proíbe morte de cães e gatos em canis é aprovado por deputados

Órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos oficiais do tipo foram proibidos de matar cães e gatos conforme proposta de lei, aprovada na Câmara dos Deputados, que aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro. A medida vale para animais que não tiverem doença infectocontagiosa incurável, que caracterize risco à saúde pública. Nesses casos, eles poderão ser disponibilizados para resgate por instituição de proteção animal.

O projeto de lei mantém ressalvados casos específicos que permitem a eutanásia, se restringindo àqueles em que for constatado o quadro de doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e a de outros animais. A eutanásia deverá ser justificada por laudo do responsável técnico e pelos órgãos e estabelecimentos oficiais, precedido, quando for o caso, de exame laboratorial.

Em caso de descumprimento da lei, o infrator poderá ser penalizado conforme a lei de crimes ambientais. Em setembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que estabelece pena de 2 a 5 anos de reclusão para quem praticar atos de abuso, maus-tratos ou violência contra cães e gatos.

O objetivo principal do projeto de lei (nº 6.610/2019), de autoria do deputado federal Ricardo Izar, é impedir que animais saudáveis que vivem soltos nas ruas e sem um tutor responsável sejam levados para estabelecimentos de abrigos públicos e sacrificados. A aprovação do texto pelos deputados ocorreu em 29/09 e, caso sancionada pelo presidente, a lei entrará em vigor em 120 dias após sua publicação.

PROTEÇÃO ANIMAL

Na avaliação do subsecretário Rodrigo Franco, a edição da lei federal será um grande avanço na proteção dos animais domésticos abrigados, além de um grande incentivo ao trabalho das instituições de proteção animal, que poderão, inclusive, ter acesso irrestrito à documentação que comprove a legalidade da eutanásia, podendo denunciar os crimes eventualmente ocorridos.

O subsecretário ressaltou que a aprovação da lei amplia a garantia da vida e bem-estar dos animais domésticos e funciona também é um grande incentivo à implementação das políticas públicas voltadas para a adoção e guarda responsável dos animais domésticos. Ele destaca ainda o papel dos parceiros nesse processo. “O apoio das entidades de proteção animal é um importante estímulo às parceiras na execução das políticas públicas de proteção e bem-estar animal”, disse.

Rodrigo Franco ressaltou ainda que a guarda responsável é a maneira mais eficiente e duradoura de combater o abandono de animais nas ruas e os problemas relacionados à presença deles. “A parceria com entidades vinculadas aos direitos dos animais é positiva para promover a adoção dos animais abrigados”, observou.

Ainda segundo o subsecretário é fundamental discutir as políticas públicas relacionadas à fauna doméstica com todos os atores envolvidos, o que extrapole a atuação do poder público e se estende também à sociedade civil organizada, escolas e universidades, gestores municipais e população em geral, de forma que as ações de proteção aos animais tenham efetividade na proteção e bem-estar da fauna doméstica. (Ascom Sisema)