Na semana em que é comemorado o Dia da Educação, estudantes de Montes Claros demonstram que o conteúdo aprendido para além das disciplinas tradicionais serve de motivação e orienta o futuro profissional. Eles participam de ações motivadas pelo Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE) – iniciativa do Sebrae que capacita os educadores para desenvolverem habilidades e levarem metodologias e conteúdos de empreendedorismo para os currículos escolares, desenvolvidos a realidade de crianças e adolescentes.
Segundo o gerente da regional Norte do Sebrae Minas, Jadilson Borges , “somente em 2022, foram quase 22 mil alunos atendidos pelo programa na região, e cerca de 2,7 mil professores capacitados, além de dezenas de projetos desenvolvidos”, conta. Um deles é o “Gameficando”, desenvolvido na Escola Estadual Doutor Carlos Albuquerque, no bairro Maracanã. Alunos do ensino médio, com idade entre 15 e 17 anos, recebem no contraturno das aulas de orientação e apoio da escola para aprender sobre o universo dos games e noções de programação.
Ao longo deste ano, 16 alunos participam das atividades, ainda com vagas para novos interessados. A ideia surgiu após o professor de Química Walber Franklin Rodrigues participar do programa Despertar – atividade que utiliza a metodologia do PNEE nas escolas públicas e privadas para que os estudantes vivenciem aspectos da cidadania como fator de responsabilidade social, garantido para mudanças socioeconômicas, e favorecendo o desenvolvimento de futuros profissionais.
O professor conta que a pandemia da Covid-19 aumentou a ansiedade entre os alunos, e isso o motivou a pensar algo para além da sala de aula. “O projeto demonstra aos alunos que eles são capazes de desenvolver uma mentalidade empreendedora. Estamos apresentando o quanto o mercado de jogos é promissor, e eles precisam estar atentos a essas possibilidades ao concluir o ensino médio. É visível que a autoestima deles melhora com a chance de apender algo que desfrute”, enfatiza.
Linguagem atraente e amigável
O “Gameficando” utiliza o Phyton – linguagem de programação de fácil aprendizagem e que pode ser executado em várias plataformas diferentes. Com o apoio do professor, os alunos iniciam as aulas de programação com um nível de dificuldade menor, que vai evoluindo. O objetivo é que, ao fim do projeto, eles consigam desenvolver um jogo completo e com nível mais elevado de dificuldade. “Vê-los acreditando que é possível e mostrando cada dia mais interesse pelo projeto é muito gratificante”, ressalta o professor Walber.
Aos 16 anos de idade, Brian Iago Sousa Ursine, aluno do segundo ano do ensino médio e um dos participantes do projeto, é fã de jogos. “É difícil encontrar quem nos ensine, por isso, tenho planos de trabalhar no setor de desenvolvimento de jogos, e esse projeto é uma oportunidade de aprender de forma mais profissional e com um tutor”, diz o jovem.
Uma pesquisa da consultoria Newzoo – líder em videogames e dados de jogadores -, ) indicou que, somente no ano passado, o setor de games foi responsável por movimentar US$ 175,8 bilhões, e este número pode passar de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) em 2023. (Agência Sebrae)
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