O governador Romeu Zema assinou ontem (2/12), na Cidade Administrativa, o Acordo de Cooperação Técnica para a Retomada do Programa Água Doce (PAD), em Minas Gerais. A iniciativa visa levar água de qualidade, própria para consumo, a cerca de 30 mil pessoas no semiárido mineiro até o final de 2021.
Em 2012, o Governo do Estado firmou convênio com o governo federal para implantação do PAD em Minas Gerais, no entanto não teve continuidade. Somente neste ano, o governo de Minas retomou o plano e obteve avanços consideráveis.
O convênio irá implementar tecnologias alternativas para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda do semiárido brasileiro, tendo em vista que cerca de 70% dos poços da região semiárida do Brasil apresentam águas salobras ou salinas, e a água subterrânea, muitas vezes, é a única fonte disponível para as comunidades.
Eficiência
Durante a assinatura, Zema destacou que para o social prevalecer é preciso ter eficiência. “Quem busca a eficiência faz o social acontecer. Toda a equipe envolvida no projeto tirou da gaveta aquilo que já existia, mas que estava esquecido”, lembrou.
Romeu Zema afirmou que um governo que não tem nenhum tipo de recurso e precisa abrir todas as gavetas para ver se ficou alguma coisa esquecida. “Não temos recursos sequer para pagar a folha de pagamento e o 13º salário. Em alguns pontos a escassez nos torna melhores. Somos uma prova disso”, comentou.
Em Minas Gerais, são 85 cidades que compõem o semiárido, e estão listadas com uma ordem de prioridade indicada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A expectativa é de que, até dezembro de 2021, moradores dessas localidades possam beber água de qualidade, o que em muitos locais não está disponível nem mesmo nas escolas ou unidades de Saúde.
Para isso, serão feitas instalações de sistemas de dessalinização em 69 localidades rurais do semiárido mineiro, levando em consideração os aspectos sociais, ambientais e técnicos, e assim transformando a água própria para o consumo humano.
Desafio
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, chamou atenção para a integração entre as áreas para combater a paralisia que existia em relação ao projeto.
“Um projeto que previa um convênio de R$ 15 milhões, mas, que em função do tempo sem execução, passou para R$ 20 milhões em caixa. Em um estado onde apenas 83% da população têm acesso a água tratada, temos um grande desafio de universalizar o saneamento. A área rural é uma das mais prejudicadas. O Água Doce é um programa de dignidade humana e de sobrevivência”, disse. (Agência Minas)
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