Programa Água Doce entrega diagnóstico do Norte de Minas - Rede Gazeta de Comunicação

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Programa Água Doce entrega diagnóstico do Norte de Minas

O programa Água Doce, que está sendo usado para garantir o abastecimento de água para os municípios afetados pela seca, entregou 297 diagnósticos socioambientais de comunidades rurais em 53 municípios da área mineira da Sudene, em evento realizado pelo  Conselho Estadual de Recursos Hídricos. Além disso, foram iniciados os testes de vazão em poços artesianos que foram contemplados pelo programa, com 50 reservatórios de água já verificados até o final da última semana. Seguindo a programação, a expectativa é de que, até o final da segunda etapa, a metodologia seja aplicada em 164 poços. Posteriormente, a equipe escolherá, por meio de critérios técnicos, as 69 comunidades que contarão com a implantação de sistemas de dessalinização da água.

No dia 17 foram finalizadas as visitas técnicas e a elaboração dos diagnósticos socioambientais. Os documentos faziam parte da primeira etapa do projeto e foram elaborados pela empresa vencedora da licitação, sob acompanhamento e fiscalização dos órgãos do Executivo Estadual que atuam na coordenação do programa. Os diagnósticos buscam um detalhamento das condições sociais, econômicas, culturais e técnicas em áreas rurais do semiárido mineiro. A partir da construção dos 279 cenários locais, o PAD prevê a escolha, por meio de critérios técnicos, de 138 comunidades rurais onde serão realizados os testes de vazão em poços de água. Posteriormente, serão escolhidos 69 vilarejos para a implantação de sistemas de dessalinização da água.

O coordenador estadual do PAD, capitão da Polícia Militar José Ocimar de Andrade Júnior, explicou que para a elaboração dos diagnósticos foram realizadas visitas multidisciplinares às comunidades rurais com assistentes sociais, geólogos e engenheiros ambientais e civis. Todas as informações coletadas em campo foram registradas em um arquivo online com possibilidade de edição e contribuição mútuas por todos os atores envolvidos. Segundo ele, os relatórios mostraram que há diversos problemas em comum a serem solucionados em diversas áreas rurais de cidades do Norte de Minas. “Nós observamos que há uma grande dificuldade hídrica. Muitas comunidades não têm como tratar a água para torná-la potável e com poços que não possuem boa vazão para garantir o consumo humano. Há, também, problemas relacionados ao saneamento básico que interferem diretamente na qualidade de vida e saúde das famílias”, avalia o capitão Ocimar. 

Após a finalização, todos os diagnósticos são avaliados para definir quais comunidades continuarão a ser beneficiadas nas etapas seguintes do PAD que são os testes de vazão e desobstrução de poços e a implantação de sistemas de dessalinização. Além da utilização pela equipe do Água Doce, os documentos também foram compartilhados com as prefeituras responsáveis pelas comunidades rurais, incluindo as que não se encaixavam nos critérios obrigatórios do programa. “Fizemos a entrega de arquivos físicos desses relatórios nas cidades para possibilitar a implantação de outras políticas públicas, sejam estaduais ou municipais”, acrescentou o coordenador do Água Doce no Estado. 

A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Melo, destacou a importância dos diagnósticos e de todas as outras atividades realizadas no Programa Água Doce e reforçou a relevância dos relatórios para a escolha das comunidades que receberão os sistemas de dessalinização. “Além de ser um subsídio para a continuidade na segunda etapa, em que as obras serão executadas nas comunidades selecionadas, o diagnóstico socioambiental é também instrumento importante de gestão municipal que os prefeitos podem se apropriar para planejar medidas de segurança hídrica para os municípios”, destaca a secretária.

O Programa Água Doce é viabilizado por meio de um convênio firmado entre os governos Federal e Estadual e visa à implementação de tecnologias alternativas para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda do semiárido brasileiro. (GA)

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