Na quinta-feira (21/3), a professora Marlene de Fátima Ferreira da Silva, da Escola Municipal Jair de Oliveira, no bairro Jardim Eldorado, foi anunciada entre os vencedores do Prêmio Educador Transformador 2024. A premiação, que é oferecida pelo Instituto Significare, Bett Brasil e Sebrae, foi anunciada durante uma livestream no YouTube.
Marlene Silva alcançou o terceiro lugar na categoria Alfabetização de Jovens e Adultos (EJA) da etapa estadual do concurso, que é considerado um dos maiores de educação e tecnologia da América Latina.
O projeto da professora Marlene concorreu com mais de 3400 de todo o país e foi premiado com Certificado Digital e Selo Digital. Agora segue para a etapa regional. O Prêmio Educador Transformador valoriza ideias alinhadas à Educação Empreendedora de educadores de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, que contribuem para a formação integral dos estudantes.
Na perspectiva da Educação de Jovens e Adultos, o Prêmio busca reconhecer, identificar e divulgar práticas educacionais transformadoras e valorizar os professores que estabelecem boas práticas de ensino-aprendizagem referenciadas no desenvolvimento de competências empreendedoras. O processo de seleção é realizado em três etapas (estadual, regional e nacional) e os três finalistas de cada etapa são classificados para o próximo nível.
Com o tema “EJA: empreenda sonhos, uma realidade possível”, o projeto inscrito pela professora Marlene foi motivado pela necessidade de desenvolver estratégias pedagógicas que valorizem os conhecimentos prévios e a experiência de vida dos estudantes. “Para seu desenvolvimento, utilizei uma metodologia voltada às práticas pedagógicas de Paulo Freire, o uso de palavras geradoras para alfabetizar, consciência fonológica, sequência didática, além de músicas, poemas e narrativas que fazem parte do cotidiano”, explica a professora.
Formada em Normal Superior e Letras-Português, ambos pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), a professora Marlene de Fátima Ferreira diz que ser regente da EJA representa uma oportunidade de compartilhar o que aprendeu com alunos muito especiais. “Trabalhar na EJA é como se eu devolvesse para Deus um pouco do que Ele me deu, porque eu também sou fruto da EJA. Fui alfabetizada aos 11 anos de idade e nem por isso eu desanimei, porque eu tinha o sonho de ser professora, e hoje me sinto feliz de poder retribuir um pouco do que aprendi”, observa.
Marlene ressalta que conhece bem as dificuldades, o sacrifício e a vontade dos alunos de querer ler: “quando a gente não lê é como se não enxergasse. E quando a gente aprende a ler, é como se tirasse uma venda dos olhos”.
O Prêmio é um espaço de reconhecimento à criatividade e às transformações impulsionadas por práticas educacionais inovadoras alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. (Jerusia Arruda)
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