Professora alerta que retorno das aulas depende de controle da pandemia - Rede Gazeta de Comunicação
Professora alerta que retorno das aulas depende de controle da pandemia

GIRLENO ALENCAR

A professora Sande Almeida, especialista em educação e docente do ensino estadual em Montes Claros, alerta que o retorno das aulas presenciais precisa ser mais bem discutida, principalmente para o maior controle da doença. “A volta às aulas e o impacto da pandemia da Covid-19 na educação ainda é um debate extenso. Após um ano de restrições, necessárias para conter a disseminação do novo coronavírus, muitas cidades iniciaram protocolos que permitem o retorno do funcionamento das escolas, para o início de mais um ano escolar. Mas qual a melhor opção: ensino presencial, remoto ou híbrido? O que precisa ser debatido?”. Ela entende que é preciso ampliar as discussões de projetos e políticas pedagógicas para integrar modelos de ensino e práticas educacionais.

“É preciso entendermos que a educação não será mais a mesma. O cenário aponta que a tecnologia e a inovação das práticas pedagógicas estão batendo em nossa porta. Esperamos o retorno para a escola, que é um dos espaços democráticos mais importantes para a formação humana, alinhado a um projeto de ensino híbrido, que se fará presente nas escolas com ou sem pandemia”, afirma. Segundo a especialista, “tudo dependerá de um bom projeto e de investimentos em novas tecnologias para que o novo escolar seja eficiente. Infelizmente, a rápida necessidade de se adaptar em 2020 escancarou desigualdades”, destaca.

É urgente estudar maneiras de desenvolver meios para que mais jovens tenham acesso ao ensino proposto. A rápida transferência do ensino presencial para o virtual, sem as estruturas adequadas ou prévio treinamento, escancarou as desigualdades sociais e educacionais entre ensino público e privado e os principais impactos foram sentidos pelos alunos de baixa renda. A curto e médio prazo, estes impactos serão: evasão escolar; déficit de aprendizagem causado principalmente pela falta de acesso; maior envolvimento das crianças e jovens com os problemas familiares; aumento de problemas relacionados à saúde mental, como ansiedade e depressão, e falta de apoio aos alunos especiais”.

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