Produtores do Norte de Minas comemoram melhoramento genético do rebanho com utilização do FIV - Rede Gazeta de Comunicação

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Produtores do Norte de Minas comemoram melhoramento genético do rebanho com utilização do FIV

Oitenta e novos produtores de gado, do Norte do estado, ultrapassaram a média de 40% de prenhez (índice reprodutivo que indica a porcentagem de vacas gestantes em relação ao total de vacas aptas de rebanhos, a cada 21 dias). Esse resultado foi possível após a adesão ao Sebraetec FIV, programa do Sebrae Minas que utiliza a Fertilização In Vitro para o melhoramento genético dos rebanhos.

Nos últimos dois anos, há casos em que o índice chegou a 100% de aproveitamento. No período, foram feitas 1.232 transferências de embriões, com um investimento de cerca de R$ 1,2 milhão. Os produtores participantes recebem 70% dos custos do programa subsidiados pelo Sebrae, além da assessoria de um consultor para manejo e adequações na alimentação para garantir melhores resultados.

A analista do Sebrae Minas Hebbe Mendes destaca que os resultados demonstram o rigor técnico que existe no Sebraetec FIV. “Os produtores estão obtendo uma melhoria significativa na qualidade genética de seus rebanhos e, assim, um aumento da produtividade de leite. Percebemos que os produtores estão engajados para fortalecer a bovinocultura de corte e de leite na região e estamos intensificando nossa atuação”, reforça.

O programa Sebraetec FIV atendeu produtores nos municípios de Bocaiuva; Buritizeiro; Coração de Jesus; Francisco Sá; Guaraciama; Icaraí de Minas; Jaíba; Janaúba; Januária; Montes Claros; Nova Porteirinha; Olhos D’Água; Patis; Pirapora; Ponto Chique; Salinas; São Francisco; São João da Ponte; Taiobeiras; Ubai; e Várzea da Palma.

Aumento da produtividade – Produtor da Fazenda Canoas, no município de Ubaí, Daniel Sullivan Martins conseguiu 100% de prenhez em seis vacas. “O veterinário disse que é difícil atingir esse percentual e ficou comprovado. Acredito que esse número é resultado de um trabalho bem feito, realizado pelos consultores que me acompanham, e do que tiveram para tratar bem os rebanhos”, ressalta o produtor.

Ainda em Ubaí, o produtor Mateus Marques Queiroz, da Fazenda Sabões, também comemora os resultados. Ao lado do pai, Admilson Ribeiro, ele administra uma fazenda de 70 alqueires. Ao todo, são 45 vagas com produção de cerca de 500 litros diários de leite. Eles estão no terceiro ciclo do programa Sebraetec FIV e comemoram o retorno. “É altamente vantajoso devido ao subsídio oferecido pelo Sebrae. Aos poucos, estamos evoluindo na qualidade genética, pois uma vaca comum que produz oito litros de leite/dia, vai gerar uma bezerra que entregará cerca de 25 litros diários”, comemora.

Participante de dois ciclos do programa, o produtor Cesar Almeida de Matos, da Fazenda Tapera, em São Francisco, conta que, na primeira vez, os resultados foram um pouco expressivos pela inexperiência para seguir as técnicas. No entanto, no segundo ciclo, de oito embriões transferidos, cinco vacas ficaram prenhas. A rapidez do retorno é uma das vantagens apontadas pelo produtor. “No método tradicional de inseminação, nem sempre consegue ser assertivo na qualidade. Com o Sebraetec FIV, o embrião já vem selecionado de um tour e de uma matriz de procedência, o que permite melhorar a qualidade dos rebanhos em menos tempo”, comemora o produtor que, junto com o pai, tem cerca de 60 cabeças de gado.

Fertilização in vitro – A sigla FIV se refere ao processo de fertilização in vitro de bovinos, no qual o óvulo de uma vaca é fecundado em laboratório, acelerando o melhoramento genético dos rebanhos, o aproveitamento das fêmeas mais novas ou mais velhas – que não suportam uma gestação natural – e o nascimento de animais com qualidade superior. O método também permite que haja mais embriões de uma única doadora, possibilitando o nascimento de mais fêmeas para a pecuária de leite. Fato que padroniza o grau de sangue desejado do animal de acordo com o sistema de produção, gera maior produtividade de leite e rebanhos, e ainda aumenta a renda do produtor rural e valoriza a atividade leiteira.