A produtora “88 Artes Cinematográficas” iniciou ontem, a partir de São Francisco e a partir de hoje (13), em Chapada Gaúcha e Serra Gaúcha, os levantamentos para a produção do filme Antonio Dó, com base no livro “A saga de Antonio Dó”, do escritor Petrônio Braz. A jornalista Carol Fonseca, a fotografa Júlia Braga, e o advogado André Tourinho Ribeiro acompanhados do escritor Petrônio Braz vieram fazer os levantamentos dos cenários a serem filmados em agosto. O longa-metragem está buscando patrocinadores, dentro dos editais da Agencia Nacional de Cinema, além do Fundo Estadual de Cultura e da iniciativa privada.
A direção do filme ficará a cargo de Aline Xavier Mineiro, que é neta do Capitão Enéas. Na noite de segunda-feira ocorreu a primeira reunião em Montes Claros, no sítio Tira Teima, do ex-prefeito Mário Ribeiro e que servia de abrigo para o antropólogo Darcy Ribeiro. O filme deverá ter o ator janaubense Jackson Antunes. O livro está na quarta edição, sendo que a última edição foi lançada em 2020 em Portugal. A jornalista Carol Fonseca explica que a vinda nesse momento é para direcionar como será o roteiro e vem no momento que é realizado em Sagarana, distrito de Arinos, o Cine Baru.
Desde o ano de 1984 que Petrônio Braz iniciou esse livro. A vida de Antônio Dó relata que após ser preso, por questões de demarcação de terra com seu vizinho, ele fugiu da Delegacia em que estava preso. Recrutou um grupo de homens que, a partir de então, passou a segui-lo e juntos fizeram “justiça com as próprias mãos”. Durante 19 anos, Antônio Dó percorreu o Norte de Minas, sul da Bahia e sul de Goiás. O período em que seu bando existiu foi marcado por um excesso de intervenções na administração local por interesses particulares.
