A Penitenciária de Francisco Sá, considerada a mais segura de Minas Gerais, foi contemplada com 300 obras literárias a serem usadas na ressocialização dos seus presos. No total. 22.500 exemplares de obras literárias foram distribuídos para 138 unidades prisionais e 31 Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs). Os livros foram doados pelo Departamento Penitenciário Nacional. Toda a logística da entrega e distribuição foi feita pela Diretoria de Ensino e Profissionalização (DEP), do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG). “Os livros recebidos, além de fomentar a leitura e ampliar o acervo literário nas unidades prisionais e Apacs, possibilitam aos indivíduos privados de liberdade a aquisição de novos aprendizados e conhecimentos, como o aprimoramento da escrita e construção de pensamentos críticos” destaca a diretora da DEP, Regina Duarte.
Os livros começaram a ser entregues no mês de novembro e ainda estão sendo enviados, de acordo com as rotas de entrega do Almoxarifado Central da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O material será utilizado para incentivar a leitura e auxiliar os projetos educacionais e socioculturais das unidades prisionais, além de aumentar o acervo das bibliotecas destes locais, dando a mais pessoas privadas de liberdade o acesso à leitura. As obras também poderão ser usadas em projetos de Remição pela Leitura, conforme a Resolução 391/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamenta sobre o benefício.
A distribuição dos livros foi determinada pelo Depen Nacional, que encaminhou o material com a quantidade que deveria ser enviada para cada unidade prisional. O critério de escolha seguiu o tamanho e a população carcerária dos estabelecimentos penais. Dessa forma, as penitenciárias de Contagem (Nelson Hungria), de Formiga, de Francisco Sá e de Belo Horizonte (Estevão Pinto) foram as que receberam um maior volume, 300 obras para cada. Todos os títulos doados são grandes obras literárias, alguns clássicos da literatura brasileira como Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Capitães da Areia, de Jorge Amado; Dom Casmurro, de Machado de Assis; A Hora da Estrela, de Clarice Lispector; e O Homem que calculava, de Malba Tahan.
Há também outros de literatura estrangeira, como Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski; A Cor Púrpura, de Alice Walker; e A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne. Completa a lista outros dois títulos brasileiros que abordam o sistema prisional, o livro de Drauzio Varella, Prisioneiras e Pai Francisco, de Marina Miyazaki. (GA)
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