O professor Paulo César Gonçalves de Almeida explica que as demandas por ele apontadas “não se tratam apenas de uma situação local, mas que abrangem todo o território nacional”
VINÍCIOS SANTOS
Durante o 11° Conexão Empresarial – promovido pelos jornalistas Paulo César e Gustavo César Oliveira – o presidente do Hospital Aroldo Tourinho, professor Paulo César Gonçalves de Almeida, se encontrou com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e apresentou pleitos de interesse do hospital e das instituições filantrópicas de assistência à saúde.
Uma das necessidades apontadas pelo professor Paulo César Gonçalves, já citada em coletiva na última semana, é a impossibilidade dos hospitais em pagar os novos pisos da Enfermagem, sem o aporte de recursos públicos.
É que a lei que institui o piso salarial da Enfermagem ganhou ares de “problema” para as instituições privadas e filantrópicas que vivem defasagem – há mais de 10 anos – na tabela dos valores dos serviços cobrados nos procedimentos realizados através do Sistema Único de Saúde (SUS). A lei foi sancionada no último dia 4 deste mês.
No entendimento do presidente do Hospital Aroldo Tourinho, “o pleito da enfermagem atendido pela lei é mais do que justo e legítimo, e é preciso destacar, a título de exemplo, que eles fizeram parte de equipes multiprofissionais fundamentais no salvamento de vidas, como na pandemia do novo coronavírus”.
Apesar disso, o professor pondera que: “os novos valores a serem atribuídos na remuneração dos profissionais de enfermagem podem levar ao ‘colapso da saúde’ caso apenas as instituições hospitalares tiverem que arcar com o ônus financeiro. Se não houver aporte de recursos adicionais por parte do Poder Público, a sobrevivência dos hospitais, e do próprio Hospital Aroldo Tourinho, estará seriamente ameaçada”, disse Paulo César de Almeida.
No Hospital Aroldo Tourinho, o impacto anual na folha de pagamento pode chegar a R$ 8.695,416 milhões ao ano.
“Não se trata apenas de uma situação local, mas que abrange todo o território nacional. Somos inteiramente a favor do piso salarial da enfermagem, é uma luta de décadas, que respeitamos. Mas é preciso indagar: de onde sairá o dinheiro para pagar a conta?”, ressaltou o presidente do HAT.
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