Prefeitura adia retomada das aulas e gera protestos - Rede Gazeta de Comunicação
Prefeitura adia retomada das aulas e gera protestos

O prefeito Humberto Souto publicou ontem (2), no Diário Oficial, o Decreto 4180, onde prorroga a retomada das aulas em Montes Claros para o dia 22 de março, mudando a data inicial que estava programada para amanhã (4). O argumento dele é que as análises sistemáticas dos indicadores epidemiológicos e a abrupta alteração ocorrida nos indicadores epidemiológicos e de capacidade assistencial do Município, com a ocupação da quase totalidade dos leitos disponíveis para a Covid-19, o que impede o retorno imediato das aulas por meio presencial. Por isso, prorroga a data de retorno das aulas e demais atividades de ensino presencial, na rede privada de ensino e nas redes federal e estadual. Ele não definiu nada sobre a rede municipal pública.

Porém, na tarde de segunda-feira, o Ministério Público promoveu reunião com o procurador-geral do município Otávio Batista Rocha Machado, quando lembrou que no dia 2 de dezembro de 2020 foi realizada reunião que definiu pela retomada das aulas em 2021. O promotor Felipe Caires mostrou sua posição pela necessidade de retomada gradual das aulas e caso seja necessário, com o endurecimento dos setores não educacionais e se tiver de adiar a retomada das aulas, seja fixada escala, restringindo o ensino menos essencial, como o universitário. O procurador explicou que Montes Claros estava receosa de aumentar os casos da doença e isto pressionar mais vagas nos leitos de UTI. Ele anunciou ainda que estuda comprar vagas nos hospitais Prontossocor e Provida.

Na manhã de ontem (2), a advogada Aline Guedes, do Movimento de Voltas às Aulas lamentou a medida, pois “vê com perplexidade, o Decreto do Prefeito Municipal adiando, mais uma vez, o retorno às aulas presenciais. Para esse grupo, talvez mais consciente do que a maior parte da população, que fica à mercê de decisões incoerentes das autoridades, são muitos os questionamentos sem respostas plausíveis: por que voltamos à mesma situação de março de 2020? O que a Secretaria de Saúde fez durante um ano para evitar que a desculpa da lotação de leitos fosse apontada como o grande motivo de fechamento das escolas? por que os mesmos jovens e adolescentes não podem frequentar as escolas mas estão por aí nos bares, barzinhos e outros locais? O que gerou essa reação em cadeia dos prefeitos de todo o país de voltar com as restrições todas? E até que ponto podemos confiar nos dados epidemiológicos divulgados?”. (GA)

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