O prefeito Humberto Souto aproveitou na manhã de ontem (18) a abertura oficial da Campanha da Fraternidade em Montes Claros para cobrar diálogo da classe política brasileira e até mesmo em Montes Claros, pois afirma que a população está sofrendo com os impactos causados pela pandemia coronavírus, mas a classe política fica brigando, quando poderia direcionar as energias para a vacinação contra a doença. Pela primeira vez na história de Montes Claros a campanha foi lançada em evento da Câmara Municipal e o arcebispo dom João Justino Medeiros alegou que isso foi uma forma de estimular o diálogo dos políticos da cidade em prol da comunidade. No seu discurso, no evento, o arcebispo foi mais moderado em relação ao dia anterior, quando rebateu aos católicos que criticavam a campanha desse ano, que é ecumênica.
Na abertura da sessão, o vereador Sóter Magno enfatizou a decisão de promover o lançamento da Campanha na Fraternidade em reunião especial da Câmara Municipal para fomentar o diálogo. O padre Genivaldo Lopes, coordenador arquidiocesano destacou que nesse ano a campanha tem quatro pilares, que são Ver, Julgar, Agir e Celebrar e que nesse momento de pandemia coronavírus, os problemas tem de ser resolvidos e isso passa pelo diálogo. Wellinton Fernandes, da Rede de Evangelização e Promoção Social do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha aponta que os católicos e evangélicos já atuam de forma ecumênica na região, como nos projetos Além das Prisões e Jardim das Borboletas, na Casa de Acolhimento Feminino.
O prefeito Humberto Souto entende que o tema desse ano sobre o diálogo foi uma feliz iniciativa da Igreja, quando ocorre a falta de dialogo da comunidade. Ele lembra que a falta desse diálogo está politizando todas as ações e que os políticos ficam olhando apenas para seu umbigo e buscando os interesses pessoais. Ele citou como exemplo a crise entre o STF, Congresso Nacional e o Poder Executivo. Na sua visão, isso é uma luta fraticida e que o foco deveria ser ajudar o povo com as causas provocadas pela pandemia, como o desemprego.
O arcebispo dom Joao Justino Medeiros lembrou que o ecumenismo surgiu no século XX, para buscar a união das igrejas cristãs, mas risco de uma querer encampar a outra e que questionaram por qual motivo realizar esse lançamento na Camara Municipal e entende que o local, por ser a Casa do Povo, tem a missão estabelecer o dialogo, tendo em vista que é formada por pessoas de diversas correntes partidárias e que o povo fica na expectativa do dialogo para o bem da comunidade. (GA)
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