Estudiosos da Unisa realizaram pesquisa sobre o avanço da doença nas regiões urbanas
São Paulo, agosto de 2024 – No Brasil, a transmissão da febre maculosa, uma doença infecciosa de alta letalidade, ocorre sobretudo pela picada de carrapatos das espécies Amblyomma aureolatum e Amblyomma sculptum. Embora apresente uma maior incidência nas zonas rurais, pesquisadores da Universidade Santo Amaro (Unisa) observaram, nos últimos anos, um avanço dos casos da doença no entorno das cidades e centros urbanos.
O estudo liderado pelo pesquisador e professor do Programa de Pós-graduação em Saúde Única da Unisa, Jonas Moraes Filho, contou com o apoio dos alunos da graduação em Medicina Veterinária e do programa de mestrado em Saúde Única, Laura Zulzke, Beatriz Valery, Zahi Êni Santos Souza, Tania Regina Vieira de Carvalho, Tayna Duarte; e colaboração dos professores Adriana Cortez, Arlei Marcili e Herbert Sousa Soares, da Unisa; e do docente Marcelo Bahia Labruna, da Universidade de São Paulo (USP).
A pesquisa abordou o impacto da febre maculosa na saúde da população. Para isso, o grupo de pesquisadores realizou as primeiras análises em São Paulo, nas proximidades dos reservatórios das represas Billings e Guarapiranga. Como o objetivo de identificar a presença da bactéria Rickettsia rickettsii, responsável por causar a febre maculosa, foram coletadas amostras de cães nestas regiões. Na primeira análise, 3,3% dos animais testaram positivo para o agente etiológico.
Os estudiosos também avaliaram carrapatos em cães de áreas nativas, da cidade de Itu, no interior de São Paulo. Desses parasitas, 1,98% foram identificados com a bactéria; e uma parcela maior de 8,3% dos cães analisados atestaram positivo para febre maculosa. Em outra análise, com amostras coletadas no Hospital Veterinário da Universidade Unisa (Hovet), localizado na Zona Sul da capital paulista, o percentual de carrapatos infectados foi maior: 4,2%.
Os resultados da pesquisa indicam aumento da transmissão da febre maculosa nas áreas urbanas. De acordo com o pesquisador Jonas Moraes Filho, o estudo traz um alerta para a importância de conscientização da população sobre os riscos à saúde. “Por meio da ciência queremos conscientizar sobre a febre maculosa e como as pessoas podem se prevenir”, comenta.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)