GREGÓRIO JOSÉ
Jornalista/Radialista/Filósofo com pós-graduação em Ciências Políticas
Muitas pessoas entendem, ou acreditam, que apenas aquelas com tendências respiratórias deficientes podem sofrer com os problemas que chegam às narinas através do ar. Ledo engano, muitas zoonoses estão presentes no dia a dia das pessoas e nem notam.
Pombos e pardais voando nos ares e pousando em tudo que é lugar, caramujos africanos (que vieram como escargot anos atrás) e não possuem predadores naturais, além dos ratos e ratazanas cada vez mais comuns circulando nas madrugadas em busca de restos de alimentos jogados nas ruas da maioria das cidades.
O problema é que muitas destas doenças são detectadas após vários meses e especulações e tratamentos equivocados por parte dos médicos, uma vez que exames para problemas como leptospirose, criptococose, angiostrosilíase encefálica e abdominal não são comuns e, não fazem parte do pacote do Sistema Único de Saúde (SUS) e, portanto, não são feitos quando se iniciam os procedimentos médicos.
Algumas destas doenças acabam sendo fatais em seres humanos, mas até se chegar a este diagnostico, dor e sofrimento acontecem por pura e simples falta de cuidados básicos ou por falta de educação no descarte de produtos alimentares em locais inadequados, como as sarjetas e meios-fios.
Parte do problema é causado pelos munícipes que não se preocupam com a limpeza de suas cidades, enquanto outra parcela, a maior dela, por conta dos órgãos de limpeza urbana que não mantém lixeiras o suficiente para se criar uma cultura de limpeza comunitária.
Isso também faz parte de uma cultura popular, uma vez que, ao alimentar pássaros que convivem nas cidades, acabam se criando um problema comum a todos. Além do mais, não existem campanhas publicitárias desincentivando a prática.
O brasileiro não tem tradição em usar máscaras em ambientes abertos, muito menos nas áreas centrais onde existe aglomeração de pessoas. É um conjunto de fatores que ampliam as doenças respiratórias e, no entanto, aquelas invisíveis não nos passam pela cabeça. Aquelas dos pequenos animais que vivem entre nós.
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