Percepção de valor pelo cliente. E será que cliente sabe o que ele quer? (Parte 1) - Rede Gazeta de Comunicação
Percepção de valor pelo cliente. E será que cliente sabe o que ele quer? (Parte 1)

FÁBIO LIMA

Consultor empresarial, executivo de finanças, master coach

Quanto vale a satisfação de um sonho realizado, uma experiência bem vivida, ou a cura de uma dor física ou emocional.

Quanto vale a paz e tranquilidade, mais tempo na agenda, sorriso dos filhos, abraço do cônjuge?

E quanto vale um corpo saudável, uma pele bonita, uma maquiagem bem-feita um ótimo corte de cabelo?

Relação de preço e valor estão cada vez mais em pauta principalmente nas questões relacionadas a precificação de serviços e produtos. Saber diferencias de mercado e ter destaque que verdadeiramente traga boas experiências e mudanças ou transformações a vida das pessoas, muitas vezes tem valor intrínseco incalculável para quem recebe.

Não é novidade que grandes empresas focam em entender o que é que o cliente valoriza em cada momento e situação, entender a percepção de valor do cliente para produtos e serviços é o diferencial para empresas que se antecipam e atendem esta necessidade dos clientes ou ainda, as que criam as necessidades e já entregam a solução para a necessidade, caso dos serviços e produtos “disruptivos” pós 2008, como UBER, Netflix, Airbnb que tiveram boom e outros tantos negócios, plataformas e ecossistemas que surgem para atender a uma demanda cada vez mais volátil do cliente e até contribuíram com esta mudança continua de “gostos” e necessidades.

Identificar o que o cliente quer, pra que ele quer, é um grande desafio, que muitos empresários não conseguem superar, pois a grande maioria dos clientes sequer sabe o que quer e pra que quer, por isso a avalanche de informações persuasivas para criar valor em algo muitas vezes não percebido como valoroso.

Entender e viver experiência do cliente passou novamente a ser foco das empresas, como aquelas ondas que vão e voltam, porém que é adepto de Lean jamais deixou de olhar clientes com carinho, internos e externos, maximizando valor para o cliente com menos recurso possível.

Algumas abordagens até ajudam a pressupor a existência de valor intrínseco como saber quanto vale a cura de uma doença grave (em momento de pandemia fica perceptível e evidente o valor quase imensurável da saúde).

E saber que esta doente quanto vale? Se a pessoa nem sabe que esta doente ou o que esta doença causa estresse, ansiedade, e demais distúrbios que se alojam e apoderam do dia a dia das pessoas, quando percebidos como sendo ofensores de saúde, vida e resultados das pessoas, dai talvez o caro fique menos caro na percepção, porém a prevenção ou tratamento precoce ainda é mais barato por permitir uma reversão do quadro, o que um diagnostico tardio além de caro, por muitas vezes não consegue reverter os danos causados.

Mesmo raciocínio para negócios, relacionamentos, investimentos, prevenção, antecipação e ajuda profissional são descartadas, até que algo muito grave ocorra.

A restauração de relacionamento, a recuperação de carinho e atenção do cônjuge ou dos filhos, a estruturação de uma empresa e negócio, o alívio de uma autocrítica ou autoconfiança, aumento de autoconfiança ou mesmo uma mentalidade de liderança e produtividade que multipliquem os resultados pessoais e profissionais de forma exponencial são itens valorizados, muitas vezes quando perdidos.

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