O pequi sem espinhos desenvolvido pela Embrapa Cerrados e a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária, já é consumido em algumas regiões e esta fazendo sucesso no Brasil, o Pequi sem espinhos. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa cerrados), foram 25 anos de pesquisa e de trabalho em parceria, conduzidos pelas duas instituições, com a participação também de produtores para desenvolver as variedades do fruto, nativo do Cerrado. “Chegamos a esse resultado com muito trabalho, esforço, ciência e tecnologia”, afirma o pesquisador Ailton Pereira, da Embrapa Cerrados.
O pesquisador ainda afirmou que o objetivo é favorecer a fecundação cruzada e o aumento da produção de frutos. Além de evitar acidentes ao consumir e manusear o produto. “Trata-se também de uma medida preventiva contra futuras doenças ou pragas. É uma estratégia que deve ser adotada para minimizar o risco fitossanitário”, alerta.
O fruto pode ser encontrado nas regiões do Centro Oeste, nos estados de Rondônia, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará. Um dos principais benefícios do pequi é que ele possui um alto teor de vitaminas A, C e antioxidantes, que contribuem diretamente para o sistema de defesa do corpo. O pequi também se destaca por ser rico em fibras alimentares – nutrientes que garantem mais saciedade, contribuem para o funcionamento do aparato gastrintestinal e auxiliam no controle do índice glicêmico. Vale destacar que as fibras também são importantes para o controle do colesterol e ajudam, em conjunto com outros nutrientes, a fortalecer a imunidade do corpo.
Após 25 anos de pesquisa, começam a chegar ao mercado este ano as mudas de pequi sem espinhos. O fruto do cerrado temido por muita gente que tem receio de ficar com a língua infestada pelas mini farpas foi reinventado, e agora tem grande chance de atrair mais adeptos – e haters também, que nunca tiveram coragem de experimentar antes. A novidade vem animando os apaixonados pelo fruto, mas para ele chegar às mesas do público em geral, deve demorar até quatro anos, já que agora as mudas estão sendo produzidas por viveiristas do estado de Goiás, que nos próximos meses vão começar a comercializar.
Um edital chegou a ser aberto pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária para vender 5 mil mudas para o público em geral por 50 reais cada. Em 10 dias, o cadastro teve que ser suspenso porque, segundo a coordenadora da pesquisa, Elainy Botelho, já estava dando confusão. “Dá até briga, nós temos cinquenta mil pessoas inscritas pra poder adquirir mudas de Pequi, porque o Pequi, além dele ser um produto que mexe com o emocional, principalmente do goiano, o goiano ama Pequi demais da conta, né? Como diz o goiano. E então todo goiano quer um pé de Pequi na sua horta, na sua chácara, na sua fazenda, que você imagina quantos pés de Pequi. Então, isso, o fato de ser sem espinho popularizou muito, porque criança pode comer descuidadamente, idoso, estrangeiros que visitam o Brasil…”
A pesquisadora conta que um produtor do interior de Mato Grosso descobriu na fazenda dele o pequi sem espinhos. Com medo do pequizeiro morrer e querendo mais do fruto, ele chamou a Emater e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária para que a árvore fosse clonada. As duas entidades começaram as pesquisas e duas décadas depois, os primeiros frutos sem espinhos começaram a aparecer. Quem já comeu, que é o caso do médico Antonio Malan, garante que o gosto é o mesmo, ou até melhor. (GA)
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