O Estado do Goiás decidiu abrir uma “guerra” para impedir que Montes Claros leve o título de “Capital Nacional do Pequi”, conforme projeto de lei apresentada pelo deputado federal Marcelo Freitas, do PSL. O governador goiano Ronaldo Caiado anunciou que mobilizará a bancada do Estado para impedir a aprovação desse projeto, pois considera que o Pequi é símbolo de Goiás. A bancada goiana é formada por 17 deputados, enquanto a de Minas Gerais é de 53 deputados. A disputa pelo titulo gerou polêmica nacional e dividiu opiniões. O único título de capital nacional que o Norte de Minas ostenta é da Cachaça, concedida em 2018, para o município de Salinas.
O deputado Marcelo Freitas explica que “o Projeto de Lei objetivando o reconhecimento de Montes Claros/MG como capital nacional do pequi tem dado o que falar. De início, cumpre-nos ressaltar que o objetivo central do projeto é fomentar a geração de emprego e renda, com a real possibilidade de se explorar o turismo, a culinária e a cultura em torno do fruto. Sob o aspecto histórico, segundo registro da biblioteca nacional, o fruto (pequi) é originário da região nordeste do país, e foi distribuído por meio de tropeiros e bandeirantes que tinham como parada a cidade de Montes Claros/MG. Da cidade seguiam para as demais regiões do país. Montes Claros/MG era, assim, o principal ponto de parada dos tropeiros que faziam o eixo Nordeste/Sul/Centro-Oeste/Sul, nos séculos XVIII e XIX. Passavam pela cidade todos que iam aos Estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e estados do Sul”.
Enfatiza que “sob quaisquer aspectos que se pretenda debater, respeitando as opiniões em contrário, o pequi é nosso! Aproveito a oportunidade para convidar o governador goiano, Ronaldo Caiado, a degustar o genuíno arroz com pequi montes-clarense, o melhor do Brasil. Está feito o convite! A cachaça será de Salinas/MG, cidade do Norte de Minas, responsável pela produção das melhores aguardentes do mundo!”. Ele o objetivo central do seu projeto é a geração de emprego e renda. “Em momentos de agudas crises financeiras, como a que vivenciamos, a aprovação desse tipo de projeto abre uma enorme janela de oportunidades para a região. Por exemplo, projetos turísticos, culturais, gastronômicos, sem descuidar da questão ambiental na preservação de nosso cerrado”.
O deputado destaca que conhece o empresário Edson, de São Paulo, que ficou milionário explorando a venda do fruto, especialmente no período da entressafra. “De tanto nos acostumarmos com a riqueza, acabamos por não percebê-la. Obviamente esse projeto não significa, nem de longe, qualquer forma de descuido com a saúde, com a educação ou com a segurança pública de nossa nação”.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)