Os pequenos negócios de Minas Gerais encerraram o ano de 2022 com uma proporção de empregos quase dez vezes maior que o das médias e grandes empresas (MGE). Como mostra o levantamento feito pelo Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia, as micro e pequenas empresas (MPE) tiveram um saldo de 157.134 postos de trabalho, enquanto as médias e grandes empresas (MGE) fecharam todo o ano passado com 16.321 vagas.
No comparativo com os 12 meses anteriores, o saldo de postos de trabalho apresentou desaceleração. Em 2021, a diferença entre admissões e demissões nas MPE no estado havia gerado um saldo positivo de 227.132 empregos, 31% a mais em relação a 2022.
“Os números mostram que as micro e pequenas empresas geraram 91% dos postos de trabalho em todo o estado e reforçam a importância delas para a economia do país. Há um decréscimo em relação a 2021, mas que não foge ao padrão de sazonalidade da série histórica, quando analisamos os números no fim de ano. A expectativa de crescimento econômico em 2021 era maior que em 2022 pela aceleração da vacinação e pelo alívio na pandemia da covid-19”, explica o assistente da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, André Costa.
Em 2022, o setor de Serviços gerou um saldo de 78.012 empregos nas micro e pequenas empresas, 8% a menos que o mesmo período de 2021. Ainda assim, o saldo no setor corresponde ao percentual de 49,65% dos postos de trabalho que surgiram no acumulado do ano passado. Em seguida, aparece o Comércio, com saldo de 27.617 vagas (17,58%), e Construção Civil, responsável pelo saldo 25.278 empregos (16%). A diferença entre admissões e desligamentos na Indústria de Transformação foi de 19.813 empregos (12,6%).
O mês de dezembro foi o único de 2022 com saldo desfavorável: foram 88.577 vagas geradas contra 111.594 desligamentos, ou seja, 23.017 empregos a menos no estado e uma queda de 346,6% em relação a novembro. No comparativo com o mesmo período de 2021, a redução foi de 92,1%.
“As micro e pequenas empresas são versáteis e têm muita demanda de fim de ano. Mas, quando essas demandas terminam, elas precisam intensificar os desligamentos para encerrar as contas no azul. A Construção Civil e o comércio acabam estimulando um número maior de demissões em dezembro, seja pelo fim de obras ou pelo encerramento dos contratos de trabalho temporários depois do Natal”, explica André.
Saldo por atividade
Restaurantes e similares lideraram a oferta de vagas no ano passado no estado, obtendo um saldo positivo de 6.996 postos. Por sua vez, os serviços combinados de escritório e apoio administrativo geraram um saldo de 5.672 empregos em Minas Gerais. Na terceira posição aparece a construção de edifícios, com 5.377.
Por região
A região Centro teve proporção de 39% de empregos nos pequenos negócios, gerando um saldo de 61.009 vagas. Triângulo e Sul do estado vêm logo abaixo, com surgimento de 17.975 e 15.789 postos, respectivamente. Por sua vez, o Centro-oeste e Sudoeste fecharam com um saldo de 12.479 vagas de emprego em 2022.
Saldo acumulado nas MPE (janeiro a dezembro de 2022)
2021
MPE: 227.132
MGE: 67.385
2022
MPE: 157.134 (queda de 31% em relação a 2021)
MGE: 16.321 (queda de 75,7% em relação a 2021) (Agência Sebrae)
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