Dois inquéritos de dois casos que geraram repercussão em Montes Claros foram concluídos pela Polícia Civil. Um deles é sobre os dois assaltantes que morreram atropelados, depois de roubarem uma loja no bairro São Geraldo e o outro é do segurança de eventos que foi assassinado a tiros no Jardim Primavera.
Em 29 de novembro de 2022, dois homens morreram atropelados, depois de um roubo a uma loja de confecções no bairro São Geraldo. O delegado Bruno Rezende explica que o proprietário e sua esposa foram mantidos reféns e ficaram sob a mira de uma réplica de arma. Após pegarem vários objetos, os assaltantes fugiram de moto e foram perseguidos pelo dono do estabelecimento.
“O que se identificou pela perícia e pelas oitivas é que o autor [vítima do roubo] persegue os dois criminosos que usavam uma motocicleta e os atropela ainda nessa motocicleta, houve um arrastamento de aproximadamente 30 metros, causando a morte de ambos por politraumatismo. Além disso, o veículo ainda colide com o muro de uma residência próxima, gerando para a Polícia Civil nessa fase de inquérito um risco para as pessoas que frequentavam o local de atropelamento e de outros óbitos. Não houve marcas de frenagem, então a atuação foi efetiva na tentativa de tirar a vida dos assaltantes – pelas circunstâncias do assalto e das ameaças implicadas a essa vítima e sua esposa”.
O delegado afirma que o dono da loja de confecções alega ter agido em defesa própria e de sua família, já que os assaltantes os ameaçaram e prometeram voltar para cometer um novo roubo. Ele se apresentou à polícia após o crime e responde o processo em liberdade.
Em outro inquérito, câmeras flagraram o momento em que Ermerson Silva, de 36 anos, foi morto a tiros no Jardim Primavera, em janeiro deste ano. Pelas imagens, o suspeito estaciona a moto perto de uma distribuidora de bebidas pouco antes da vítima chegar. Sem retirar o capacete, ele desce e atira na cabeça do segurança de eventos. Conforme o delegado, logo após o crime o autor foi identificado nas diligências iniciais da Polícia Militar. O reconhecimento ocorreu por meio das imagens e também da ex-companheira dele, que era atual namorada da vítima.
“Esse autor atua sozinho, ele nutre um sentimento de vingança em relação à vítima e anuncia pra terceiros que vai cometer o crime, ameaça essa vítima de morte em diversas oportunidades e ameaça sua ex-companheira de morte”.
