A mulher que matou o ex-companheiro com uma paulada após ter a casa invadida, em Montes Claros, agiu em legítima defesa. É o que aponta a conclusão das investigações realizadas pela Polícia Civil. O caso ocorreu no dia 23 de maio, na Vila Castelo Branco. Em entrevista coletiva, realizada nessa sexta-feira (18), o delegado Bruno Rezende informou que a mulher estava sozinha em casa, quando o homem invadiu o imóvel.
“As investigações e conclusões da Polícia Civil é pelo reconhecimento do fato da legítima defesa. O ex-companheiro pulou o muro da residência munido de uma faca na tentativa de agredi-la. Durante essas circunstâncias, para se defender, ela se apodera de um pedaço de madeira e efetua um golpe na cabeça da vítima. […] Ficou claro no inquérito que o seu atual namorado não estava na residência no momento do crime, como foi possivelmente relatado na ocorrência policial”.
Na época dos fatos, a ocorrência registrada pela Polícia Militar indicava também que a mulher correu até a rua gritando por socorro e outras pessoas desconhecidas teriam entrado na casa e agredido o suspeito. O delegado esclareceu que essa situação não contribuiu para a morte do homem.
“As oitivas confirmam que diversas pessoas teriam entrado no local e arrastado o corpo da vítima, mas esse arrastamento e essas agressões praticadas depois que a autora tentou se defender não foram suficientes para serem relevantes em relação à morte e também não configuraram crime contra o cadáver, por ausência de elemento legal”.
Ainda de acordo com o delegado Bruno Rezende, a mulher já tinha sido vítima de violência doméstica e psicológica. O homem tinha passagens pelos crimes de estupro, homicídio, furto e tráfico de drogas. O inquérito foi encerrado sem o indiciamento da mulher e foi encaminhado ao Ministério Público.
