O veto aos 81 municípios mineiros da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), gerou crise de confiança entre Planalto e Senado. De acordo com o senador Carlos Viana (PSD-MG), vice-líder do governo, o veto foi exclusivamente por um pedido do Ministério Economia. “Nenhum parlamentar solicitou o veto ao presidente. Foi um pedido do Ministério, que, de última hora, fez um parecer alegando ilegalidade no projeto. Quem quiser usar o veto politicamente para se favorecer está mentindo para os mineiros”, disse Viana.
O senador ressaltou, mais uma vez, a inabilidade do ministro Paulo Guedes em tratar do assunto. “Ele demonstrou descaso, omissão e falta de sensibilidade política junto ao Parlamento e aos mineiros”. Viana pediu a união de todos os deputados e senadores para reverter situação, pois o estado está sendo prejudicado com o veto. “A inclusão destes municípios na Sudene traz mais investimentos e desenvolvimento para Minas. Temos que estar unidos e não ao contrário. Estamos falando de melhorias para o estado”, ressaltou Carlos Viana.
A entrada dos municípios na Sudene não acarretará em novos gastos e não prejudicará os municípios que atualmente fazem parte da Sudene. “Há recursos para todos. Muitas vezes o dinheiro é devolvido a Superintendência devido à falta de projetos”, explica o senador. Viana explica que já está trabalhando junto com todos os atores para resolver esta questão. “O próprio governo está buscando soluções para reverter isso. Seja por Medida Provisória ou, por exemplo, por derrubada de veto”.
A Sudene foi criada pela Lei no 3.692, de 15 de dezembro de 1959, foi uma forma de intervenção do Estado no Nordeste, com o objetivo de promover e coordenar o desenvolvimento da região. “O nosso objetivo é exclusivamente ampliar esta área em Minas Gerais, levando tais benefícios a outros municípios, como isenção de impostos e facilidades de empréstimos junto às autarquias estaduais e federais, entre outras ações”, finaliza o senador. (GIOVANNI RIBEIRO – Colaborador)
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