GIRLENO ALENCAR
O Palácio da Liberdade recebe, a partir da próxima terça-feira (6/12), a exposição “Uma Noite Sagrada – Presépios de Minas Gerais”. A mostra – que faz parte das celebrações do Natal da Mineiridade – conta com um recorte específico de duas regiões do estado: o Norte de Minas e o Vale Jequitinhonha, localidades onde se encontram importantes mestres artesãos e, ainda, onde o artesanato tradicional e a arte popular mineira são o seu patrimônio cultural.
A exposição reúne presépios concebidos por artesãos de cidades do Norte de Minas Gerais, incluindo a região do Vale do Jequitinhonha, que utilizaram diferentes materiais e suportes. O acervo conta com cerca de 40 peças, elaboradas com exclusividade para o evento, e contempla as cidades de Araçuaí, Caraí, Felício dos Santos, Itaobim, Jenipapo de Minas, Minas Novas, Pedra Azul, Ponto dos Volantes, no Vale Jequitinhonha, e Curral de Dentro, Januária, Salinas, São João do Paraíso e Taiobeiras, no Norte de Minas. As peças foram elaboradas com diversas matérias primas, como a argila, fibras naturais, cabaça, ferro e materiais reciclados. Algumas obras também possuem diferentes técnicas tradicionais, como o bordado e o crochê, sempre com características próprias e refletindo personagens presentes no cotidiano de cada artista: o pescador, o violeiro, o lavrador, o barqueiro, os bichos, dentre outros.
“O Natal é um momento de reflexão e renascimento, e os nossos artesãos demostram toda sua fé, arte e religiosidade por meio dos presépios mineiros, mesclando cultura de tradição com oportunidade de negócios, uma vez que toda exposição estará disponível para comercialização. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico agradece à Secult e à FCS, por meio do Circuito Liberdade, por essa oportunidade de integrar o Natal da Mineiridade com essa exposição tão expressiva”, destaca o subsecretário de Desenvolvimento Regional da Sede, Douglas Cabido.
A importância da ocupação do espaço para além de uma contemplação exclusivamente arquitetônica é ressaltada pelo presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis. “O espaço do Palácio da Liberdade é de todos os mineiros, e deve abrigar as mais variadas formas de expressão artística. A mostra de presépios traz ao espaço a riqueza do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas Gerais, regiões com expressiva produção artística, ocupando cada vez mais espaços de destaque”, celebra.
Após o período expositivo, que vai até 6/1/2023, todas as peças estarão disponíveis para venda, que será realizada por meio do Centro de Artesanato Mineiro, no Palácio das Artes. Desta forma, além de possibilitar o acesso a um acervo único e de afinidade universal, a mostra também cumpre com mais uma contrapartida do termo de Permissão de Uso do Espaço, que prevê atenção ao compartilhamento e difusão de bens artísticos do artesanato tradicional mineiro.
Há mais de 2 mil anos, uma história muito conhecida deu origem ao presépio de Natal. Uma tradição que é representada por meio de desenhos, pinturas, bordados, esculturas, em diversos tipos de matérias-primas e com diferentes técnicas. A origem dos presépios se deu em 1223, a partir de uma pregação feita por São Francisco de Assis em que ele, de uma forma teatral, tentava mostrar às pessoas como teria acontecido o nascimento do menino Jesus. Com autorização de um papa da época, um cenário foi construído, utilizando-se a argila como matéria-prima para criar os personagens. As pessoas se impressionaram de tal maneira com o espetáculo que passaram a adotar o costume de montar um presépio dentro de casa, tradição que segue viva até hoje.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)