Pais de alunos e professores protestaram em frente à Prefeitura e casa do prefeito - Rede Gazeta de Comunicação

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Pais de alunos e professores protestaram em frente à Prefeitura e casa do prefeito

GIRLENO ALENCAR

A mobilização nacional pela retomada das aulas foi marcada pela polêmica em Montes Claros, na manhã de sábado (16), pois os manifestantes decidiram encerrar o protesto em frente a casa do prefeito Humberto Souto e provocou clima de tensão, com  a Guarda Municipal e a MCTrans ameaçando multar todos carros que participavam da carreata. A advogada Aline Bastos, do Grupo “Mulheres de Direita” e mãe de dois filhos, leu o manifesto pedindo ao prefeito Humberto Souto para abrir o diálogo com a sociedade. Quase todos os colégios particulares da cidade mandaram caravanas, com os professores. O protesto iniciou às 10 horas, na praça dos Jatobás e terminou às 11h50 na frente da casa do prefeito, que não saiu do local. Esse mesmo protesto foi realizado em aproximadamente 20 cidades brasileiras.

Os manifestantes receberam o apoio da Cooperativa do Transporte Escolar. Eles tinham assumido o compromisso com a Secretaria Municipal de Defesa Social de que a carreata não passaria em frente à casa do prefeito, apesar de no mesmo quarteirão ser a sede de um colégio particular. Eles passariam apenas pela rua São Paulo, que fica no fundo. Porém o itinerário foi mudado por exigência de pais dos alunos, que ameaçaram desistir da carreata caso não terminasse o ato em frente da residência do prefeito Humberto Souto. A coordenadora da mobilização, Aline Bastos se queixou que a MCTrans foi comunicada do itinerário e mandaria uma equipe para dar suporte. A Polícia Militar foi acionada e mandou duas viaturas para a praça dos Jatobás, apenas para evitar qualquer tumulto.

A carreata reuniu mais de 100 veículos, mas acabou dividida quando teve que parar nos pontos onde tinha semáforos. Mesmo assim os manifestantes pararam os veículos na avenida Cula Mangabeira, em frente a Prefeitura, onde foi lido o manifesto. Depois saíram em carreata até o bairro Todos Santos. Porém, como um grupo tinha se separado da carreata, chegou em frente a casa do prefeito, levando a Guarda Municipal a reforçar a vigilância com três veículos. Depois chegou a MCTrans. Quando o carro de som chegou ao local com a coordenadora Aline Bastos, um guarda municipal ameaçou multar os veículos por estarem atrapalhando o fluxo de veículos. Isso revoltou os manifestantes, que começaram a gritar contra a corporação.

Os manifestantes se concentraram na praça, onde foi lido o manifesto pela coordenadora Aline Bastos, onde pediu que fossem ouvidos os pais dos alunos e definida uma possível data para retomada das aulas, com planejamento e protocolos, pelo sistema híbrido, deixando com cada família decidir se mandará o filho a escola. Ela alertou que a decisão de esperar a chegada da vacina para liberar as aulas era uma atitude de ignorância, pois as escolas não são locais de transmissão da doença Covid-19. Depois todos participantes se concentraram na frente da casa do prefeito e ficaram batendo palmas, mas sem que ele aparecesse. Às 11h50, o ato foi encerrado.

A coordenadora anunciou que estará acionando o Ministério Publico para tomada de providências, pois em dezembro os promotores de Justiça tinham recomendado ao município um comunicado à população sobre o calendário de 2021, para permitir o planejamento principalmente das escolas particulares. A Prefeitura pediu até o dia 15 de janeiro para encaminhar essa situação. Na sexta-feira encerrou o prazo e a Prefeitura não tomou a providência. O procurador-geral Otávio Batista Rocha Machado explicou ao GAZETA que o prefeito Humberto Souto está analisando todos aspectos e ainda essa semana comunicará ao Ministério Público.