O principal plano do Atlético para reduzir a dívida de R$ 1,571 bilhão (sem incluir o empréstimo para conclusão das obras da Arena MRV) é acertar a venda de parte da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) para um investidor.
No momento, o clube tem negociações avançadas com o norte-americano Peter Grieve, presidente da The Football Co. As conversas estão em fase final, e a diretoria aguarda uma proposta formal nos próximos meses.
“A SAF é considerada a única maneira de sanear o clube”, afirma um dos dirigentes do clube, que ressalta a importância do fechamento do negócio ainda no primeiro semestre de 2023. A necessidade se dá pela alta dos juros, responsáveis por R$ 104 milhões no aumento de R$ 259 milhões na dívida em relação a 2021.
Mas o Atlético não se apega apenas ao possível investidor para sanar as dívidas. Ainda há outros tópicos para que o valor seja reduzido.
O clube deve R$ 270 milhões a família de Rubens Menin (um dos mecenas do Galo). O montante total chega a R$ 900 milhões, segundo Bruno Muzzi (CEO) e Paulo Braz (diretor financeiro), considerando os avais a empréstimos e o dinheiro diretamente injetado no futebol do clube mineiro.
Parte dessa dívida pode ser convertida em ações da SAF para Menin. Além dele, existe a possibilidade de outros membros do colegiado assumirem controle do clube. São eles: Renato Salvador, Ricardo Guimarães e Rafael Menin, filho de Rubens, que completam os 4 R’s.
Por fim, o ‘Plano A’ do Atlético contabiliza a venda dos 24,95% restantes do Shopping Diamond Mall e receitas oriundas da Arena MRV, novo estádio do Galo. Outro ponto citado é a criação de uma nova liga do futebol brasileiro, que pode aumentar a receita do clube.
Plano B do Atlético
Caso as negociações com Peter não sejam concluídas, o Atlético mantém conversas paralelas com outros dois possíveis investidores, já que não existe contrato de exclusividade.
Ainda assim, há um segundo caminho: transformar o clube em SAF antes mesmo da chegada de um parceiro. Neste cenário, a diretoria alvinegra buscaria investidores locais e teria que “reduzir drasticamente o investimento em futebol”.
Importância do orçamento
Internamente, o Atlético também trata como parte fundamental do planejamento cumprir com o orçamento de 2023. Para isso, ainda precisa reduzir R$ 8 milhões na folha salarial.
Isso porque o clube projetou gastar R$ 250 milhões com salários – incluindo comissão técnica – por ano, o que ainda não foi atingido nesta temporada.
“Nenhum investidor vai aceitar que o clube não respeite o limite de gasto de folha proporcional ao seu limite”, aponta um dos dirigentes.
Apesar da alta folha, o Atlético está próximo de cumprir a meta de R$ 80 milhões em vendas de atletas. Com as taxas por empréstimos e as negociações definitivas de direitos econômicos realizadas nos últimos meses, o clube alcançou aproximadamente R$ 74 milhões – sendo R$ 66 milhões líquidos.
Outro valor divulgado é o arrecadado com bilheteria: R$ 16 milhões, ou 22% dos R$ 71 milhões previstos no orçamento. Além desses três tópicos, o Atlético tem metas para receitas com patrocínio/marketing e o Galo Na Veia, o programa de sócio-torcedores do clube.
Apesar do desafio, a expectativa nos bastidores do Galo é que 2023 seja “muito melhor” do que 2022 em termos financeiros. (Superesportes)
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